Presidente do Comitê Olímpico Alemão, Thomas Bach, experimentado comidas do restaurante da Vila Olímpica (Créditos: David Goldman - Pool/Getty Images)
Se você é fã de esportes, com certeza está acompanhando as Olimpíadas de Paris 2024. São modalidades para todos os gostos, com diversos atletas do mundo inteiro competindo pelos três primeiros lugares. Para isso, é necessário muita disciplina, inclusive na alimentação. Aliás, a alimentação adequada dos atletas é extremamente importante para garantir um bom rendimento durante as provas.
No entanto, a alimentação dos atletas parece não ter sido levada a sério neste primeiro momento das Olimpíadas de Paris. Isso porque a comida oferecida pela França na Vila Olímpica deixou a desejar. Os atletas reclamaram que estava faltando proteína nos restaurantes. A quantidade oferecida era bem pouca e, quando acabava, existia uma demora muito grande para que fossem repostos. Alguns atletas chegaram a reclamar que não estavam conseguindo bater a quantidade de calorias diárias que precisam consumir.
Falta de comida na Vila Olímpica: Comitê Organizador faz mudanças na alimentação
Após diversas denúncias dos atletas, o Comitê de Paris abasteceu o restaurante da Vila Olímpica com alimentos ricos em proteínas. A informação foi dada pelo diretor-geral Étienne Thobois na última segunda-feira (29).
O jornal francês L’equipe ainda divulgou que os restaurantes foram abastecidos com 700 kg de ovos e um tonelada de carne para suprir as necessidades dos atletas. Além disso, a empresa responsável pela alimentação Sodexo Live! informou que os levará a sério o feedback dos atletas para adaptar o fornecimento de alimentos ao consumo real.
Alimentação dos atletas nas Olimpíadas de Paris 2024: menos carne animal e mais sustentabilidade
O projeto do Comitê Organizador foi de dobrar a quantidade de alimentos à base de plantas disponíveis quando comparado com Londres 2012 e Rio 2016. Essa decisão está diretamente ligada a tentativa dessa edição de jogos ser a mais sustentável da história.
Além disso, mais da metade dos ingredientes fornecidos são de produções agrícolas locais, aumentando a oferta de comida vegetariana e diminuindo os gastos com transporte. Dentre os alimentos oferecidos aos atletas estão nuggets à base de soja, queijo de ovelha, croissant, creme de alcachofra e ovo pochê.
McDonald’s proibido para os atletas olímpicos
Outra decisão polêmica do Comitê foi impedir que os atletas tivessem acesso ao cardápio do McDonald’s durante os jogos. Os nuggets de frango também estão na lista de alimentos proibidos nos jogos olímpicos, ao qual os países se comprometeram a seguir.
Uma curiosidade é que o atleta Usain Bolt consumiu mil nuggets em 10 dias para ganhar o ouro nos 100m e 200m nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Se estivesse participando este ano, ele precisaria substituir o alimento pela versão à base de soja.
O chefe de alimentos Philipp Würz explicou que os organizadores franceses queriam muito elevar os padrões das comidas após lerem que 20% das refeições dos atletas durante as Olimpíadas de Londres 2012 foram consumidas no McDonald’s. Ele deixou bem claro que o fast-food não estaria no cardápio, assim como os nuggets de frango e que a comida seria muito mais saudável.
O cardápio foi elaborado por chefs famosos em colaboração com nutricionistas esportivos para entregar uma alimentação de alto nível.
Comidas que os países levaram para as Olimpíadas 2024
Com informações do portal Eater, o Japão levou bolinhos de arroz, dashi e sopa de missô. Enquanto isso, o Estados Unidos levou pretzel, manteiga de amendoim, carne-seca, pipoca, barras energéticas e shakes de proteína. A China levou o tradicional frango de Sichuan e os cereais Rice Krispies. A Jamaica levou bebidas de aloe vera e tempero jerk. A Irlanda apostou na aveia.
Mas o que chamou atenção foi, sem dúvidas, a delegação australiana, que levou três toneladas de atum, 10 mil barras de cereal matinal, 2,4 mil tortas de carne e três baristas com expectativa de preparar 20 mil doses de café.
Qual o cardápio dos atletas olímpicos brasileiros?
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) selecionou uma chef brasileira para preparar as comidas para os atletas ao longo dos jogos. A decisão foi tomada há três anos. A chef Sarah Lima vive há 15 anos em Paris e está no comando de um buffet que realiza eventos.
A chef explica que o cardápio dos atletas brasileiros oferecido no restaurante do Chateau de Saint-Ouen, quartel-general do Time Brasil, foi desenvolvido pensando em todas as peculiaridades dos atletas, levando em consideração cada modalidade. Além disso, também houve preocupação em oferecer opções veganas e vegetarianas.
Dentro das opções para os brasileiros estão o clássico arroz com feijão, mas também é possível encontrar moqueca de peixe, bobó de camarão, escondidinho de cogumelos, salpicão de salmão, feijoada e até brigadeiro! Porém, nada de leite condensado e manteiga, o queridinho das festas brasileiras foi feito com uma combinação de banana e cacau em pó.
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