• Entrar
  • Cadastrar
Esse alimento incrivelmente popular pode estar aumentando seu risco de câncer e de um ataque cardíaco
J
Por  Joanna

Dieta a base de carne vermelha tem alto potencial inflamatório e aumenta o risco de problemas de saúde como doenças cardíacas. 


 

Esse alimento incrivelmente popular pode estar aumentando seu risco de câncer e de um ataque cardíaco

Certos alimentos são conhecidos por contribuir para a inflamação crônica. (créditos: Shutterstock)

A carne vermelha é considerada uma das melhores fontes de proteínas de alta qualidade. Por isso, o alimento faz parte da dieta de grande parte da população mundial. No entanto, uma pesquisa recente da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, revelou que o consumo excessivo dessa fonte de proteína animal pode aumentar o risco de problemas de saúde como doenças cardíacas e câncer.

Para obter os resultados, os pesquisadores analisaram as dietas de mais de 34.500 adultos nos EUA incluídos na Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição de 2005 a 2018. A pesquisa usou uma ferramenta chamada índice inflamatório alimentar para atribuir valores de inflamação variando de − 9 a 8, onde 0 representa uma dieta neutra. Cerca de 34% dos participantes do estudo tinham dietas anti-inflamatórias, enquanto os 9% restantes tinham níveis inflamatórios dietéticos neutros. O estudo foi publicado recentemente no periódico Public Health Nutrition.

Entre os principais alimentos presentes nas dietas com maior potencial inflamatório está a carne vermelha. “No geral, 57% dos adultos dos EUA têm uma dieta pró-inflamatória e esse número foi maior entre os negros americanos, homens, adultos mais jovens e pessoas com menor educação e renda”, disse a autora principal do estudo Rachel Meadows.

Incluir alimentos anti-inflamatórios na dieta pode ajudar a combater a inflamação crônica

De acordo com a Universidade de Harvard, além da carne vermelha, vários alimentos podem causar inflamação, incluindo:

  • Carboidratos refinados
  • Alimentos fritos
  • Refrigerantes e bebidas adoçadas com açúcar refinado
  • Carne processada
  • Margarina, gordura vegetal e banha

Mesmo com o potencial inflamatório dos alimentos citados acima, Meadows afirma que eles não precisam ser cortados totalmente da dieta. A pesquisadora afirma que os resultados do estudo não servem para rotular os alimentos como "ruins", mas alertar sobre o consumo consciente e moderado. “A inflamação é um elemento importante a ser considerado e o equilíbrio geral da dieta é o mais importante. Mesmo que você esteja comendo frutas ou vegetais suficientes, se estiver consumindo muito álcool ou carne vermelha, sua dieta geral ainda pode ser pró-inflamatória.”

Além disso, Meadows também destaca a possibilidade de incluir alimentos anti-inflamatórios na dieta para combater a inflamação crônica. “Há um potencial aqui para pensar em intervenções positivas, como adicionar mais alho, gengibre, açafrão e chá verde e preto — todos anti-inflamatórios — à sua dieta”, disse ela.

Outros exemplos de alimentos anti-inflamatórios são grãos integrais, vegetais de folhas verdes, leguminosas (como feijão e lentilha), peixes gordurosos (como salmão) e frutas vermelhas.

Desigualdade social, estresse e sedentarismo são principais fatores para a inflamação crônica

Mudar para uma dieta com menos inflamação pode ter um impacto positivo em uma série de condições crônicas, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e até mesmo depressão e outras condições de saúde mental. No entanto, Meadows destaca que manter uma alimentação saudável não é tão simples para grande parte da população. Os desafios incluem o acesso precário a frutas, vegetais e outros alimentos que podem contribuir para uma saúde melhor. “Mesmo quando esses alimentos estão disponíveis, às vezes podem ser mais caros, criando uma barreira para aqueles com baixa renda", diz a pesquisadora.

Muitas pessoas também apresentam inflamação crônica elevada devido a fatores não alimentares, incluindo estresse, experiências adversas na infância, falta de atividade física, tabagismo, envelhecimento e distúrbios autoimunes. “Há muitos fatores que contribuem para a inflamação crônica, e todos eles interagem – até mesmo o sono é um componente-chave. A dieta pode ser usada como uma ferramenta para combater isso”, pontua Meadows.

Veja também:

Atenção às trocas na alimentação: vale substituir a carne vermelha por plant-based? Detalhe surpreendente vai mudar seus pensamentos
Tem medo de cortar a carne vermelha? Esses 8 alimentos têm mais proteína e são de fonte vegetal

Temas relacionados