Quando o assunto é saúde e alimentação, alguns ingredientes são motivo de discussões acaloradas. É o caso da manteiga e margarina, presas em uma briga de milhões há décadas sobre qual é mais saudável, e do ovo, que ora é elogiado pelos seus benefícios à saúde, ora é apontado como uma das causas do aumento do “colesterol ruim” (LDL). A verdade é que, às vezes, nem tudo é tão certo quanto gostaríamos que fosse nessas situações.
Por exemplo, muitas pessoas trocaram o açúcar pelo adoçante acreditando que seria melhor para a sua saúde por não ter tantas calorias. Só que um novo estudo sobre o impacto do eritritol, substância muito usada com stevia para adoçar pratos e bebidas, revelou que ele pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos, derrame e ataque cardíaco. Entenda!
Eritritol: o que é essa substância?
O eritritol pode ser encontrado naturalmente em várias frutas e vegetais. Inclusive, o próprio corpo humano produz eritritol como um subproduto da glicose.
Quase tão doce quanto o açúcar e com pouquíssimas calorias, a substância se tornou o principal ingrediente da stevia e de outros adoçantes do mercado. Para atender à demanda do mercado, porém, ela precisa ser produzida artificialmente em grandes quantidades.
O problema é que o novo estudo, conduzido por membros do Instituto de Pesquisa Lerner, da Cleveland Clinic, parece confirmar os achados de pesquisas anteriores, que conectaram o eritritol a várias doenças cardiovasculares.
Os pesquisadores destacaram, em particular, que o consumo de eritritol dobra o risco de formação de coágulos sanguíneos, que são muito perigosos e podem levar à morte se carregados pela corrente sanguínea para o cérebro ou coração.
Adoçante sem açúcar: “Eles são seguros ou não?”
Embora a quantidade de eritritol ingerido pelos participantes da investigação tenha sido quatro vezes acima do recomendado, os valores são similares ao de refrigerantes “zero” no mercado.
Além disso, os cientistas notaram que uma quantidade equivalente de açúcar (ou glicose) não teve o mesmo efeito nos participantes do estudo.
“Não estou dizendo que precisamos parar de usar esses adoçantes artificiais imediatamente, mas é preciso questionarmos: eles são seguros ou não?” disse o Dr. Andrew Freeman, que não participou do estudo, mas foi entrevistado pela CNN.
Embora ainda seja necessário investigar mais a fundo a questão, não custa nada ficar de olho na quantidade de eritritol (ou "álcool de açúcar") que você está consumindo e se ela está acima, ou não, do recomendado.
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