Não é só sobre fast-food. A carne do hambúrguer artesanal também oferece riscos. A mira em questão não está nos lanches, mas na carne vermelha - já relacionada a vários problemas de saúde - consumida com certa frequência semanalmente por pessoas do mundo inteiro.
Um novo estudo da Universidade de Harvard é preocupante e está associado ao possível desenvolvimento de diabetes tipo 2, o mesmo relacionado ao café da manhã após as 9h. Um novo limite foi definido para a quantidade de consumo da carne. Saiba mais detalhes da pesquisa.
Consumo de carne vermelha aumenta o risco de diabetes
Basta ingerir 100g de carne vermelha para você estar em perigo. Por este motivo, estudiosos definiram um novo limite para a quantidade de carne vermelha consumida semanalmente. É melhor dar adeus aos churrascos de fim de semana se quiser evitar o desenvolvimento da doença.
De acordo com um novo estudo da Universidade de Harvard, os hábitos alimentares e as taxas de diabetes de 200 mil pessoas foram analisadas. O resultado comprova: o consumo de carnes vermelhas deve ser controlado.
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O consumo de duas porções de carne vermelha por semana aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em 62%.
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Cada porção diária adicional de carne processada foi associada a uma probabilidade 46% maior de desenvolver diabetes tipo 2.
- Cada porção diária extra de carne vermelha não processada foi associada a um risco de 24% maior de desenvolver diabetes tipo 2.
Os cientistas definiram que o consumo ideal é de uma porção de carne vermelha por semana. Os resultados foram publicados na revista científica American Journal of Clinical Nutrition.
Carne vermelha processada ou não processada deve ser limitada
Os estudiosos classificaram uma porção com o peso entre 28g e 45g para carnes vermelhas processadas. Já para o caso de carnes não processadas (carne vermelha), uma porção foi classificada como 85g.
"Nossas descobertas apoiam fortemente as diretrizes dietéticas que recomendam limitar o consumo de carne vermelha, e isso se aplica tanto à carne vermelha processada quanto à não processada", ressalta Xiao Gu, pesquisador de pós-doutorado no Departamento de Nutrição, em comunicado.
Saiba como foi realizada a pesquisa
No total, foram analisados os registros de saúde e padrões alimentares de mais de 200 mil voluntários, que responderam questionários sobre hábitos alimentares a cada dois ou quatro anos, ao longo de 36 anos. Neste período, mais de 22 mil participantes desenvolveram diabetes tipo 2.
A alternativa sugerida pelos cientistas é um cardápio focado em outras fontes de proteína: nozes, grão de bico ou feijão. Essas opções de alimentos são capazes de reduzir em 30% o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Por que a carne vermelha aumenta o risco de diabetes
O principal motivo para a associação entre a carne vermelha e o aumento do risco de diabetes não foi conclusivo no estudo.
Apesar de as carnes vermelhas serem importantes fontes de proteínas, vitaminas e minerais, como o ferro, zinco e vitaminas B, paralelamente possuem quantidades elevadas de sódio e gordura saturada, o que pode ser um fator relevante.
E as carnes que passam pelo processamento industrial recebem uma elevada carga de aditivos, conservantes e mais inúmeros produtos químicos.
Os cientistas ressaltam ainda que trocar a carne vermelha por fontes saudáveis de proteínas vegetais pode colaborar para a redução da emissão de gases com efeito de estufa.
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