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Food porn: o que acontece com o nosso cérebro quando vemos uma foto de 'comida pornô'
Entenda por que food porn mexe mais com os neurônios do que vegetais e alimentos crus

Você já se perguntou por que é tão prazeroso rolar o feed vendo vídeos de fatias de pizza com queijos derretidos, hambúrgueres suculentos e cascatas de chocolate? A ciência explica! Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, conseguiram mapear o que acontece no nosso cérebro quando vemos conteúdos sobre comida no estilo food porn como essa pizza abaixo.

Pesquisadoras do MIT descobriram grupo de neurônios ativados quando vemos imagens de comida

Esse novo estudo mostrou que existe uma parte específica do córtex visual — a seção do cérebro que processa as informações transmitidas pelos olhos — ativada quando vemos imagens de comida. Esses neurônios ficam logo ao lado daqueles que respondem especificamente a rostos, corpos, lugares e palavras, e foram identificados como componente alimentar ventral (VFC).

Outra descoberta importante foi que imagens de refeições cozidas e alimentos mais processados, como pizzas, provocaram respostas cerebrais mais fortes do que frutas e vegetais crus. No futuro, os cientistas pretendem investigar como fatores como a familiaridade e gostar ou não de um determinado alimento podem afetar as respostas dos indivíduos.

“Ficamos bastante intrigados com isso porque a comida não é uma categoria visualmente homogênea. Coisas como maçãs, milho e macarrão parecem tão diferentes umas das outras, mas encontramos uma única população de neurônios que responde de maneira semelhante a todos esses diversos itens”, explicou a pós-doutoranda do MIT Meenakshi Khosla, principal autora do estudo.

Comidas processadas geram mais atividades cerebrais que vegetais e alimentos crus, segundo estudo

De forma geral, a pesquisa aponta que nossos cérebros sabem quando estão olhando para a comida sem a necessidade de outras informações sensoriais, como cheiro ou toque. Para as autoras, o estudo também mostra o significado especial dos alimentos na nossa cultura.

“A comida é central para as interações sociais humanas e práticas culturais. Não é apenas sustento. É essencial para muitos elementos de nossa identidade cultural, prática religiosa e interações sociais, e muitas outras coisas que os humanos fazem”, destaca a neurocientista Nancy Kanwisher, membro do Instituto McGovern de Pesquisa do Cérebro do MIT.

As descobertas foram baseadas em uma análise de um grande banco de dados público de respostas do cérebro humano a um conjunto de 10 mil imagens. Futuramente, esse estudo também pretende analisar como esses neurônios são moldados durante a primeira infância e com quais outras partes do cérebro eles se comunicam. Outra questão a ser estudada é se essa população seletiva de alimentos existe em outros animais, como macacos, que não atribuem o significado cultural à comida.

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