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Afinal, existe uma dieta anticâncer? Esse renomado oncologista tem a resposta

Entenda por que o acompanhamento de nutricionistas e nutrólogos é tão importante desde o diagnóstico de câncer do paciente

Afinal, existe uma dieta anticâncer? Esse renomado oncologista tem a resposta

Existe uma relação importante da dieta com o desenvolvimento do câncer, afirma oncologista (Foto: Shutterstock)

Será que a sua alimentação pode influenciar no risco de câncer? É bastante comum que as pessoas tenham dúvidas sobre uma possível dieta "anticâncer" e em saber se determinados alimentos podem aumentar ou reduzir as chances de desenvolver a doença.

A realidade é que a dieta pode, sim, impactar o tratamento e a recuperação dos pacientes, conforme esclarece o médico oncologista Dr. Fernando Maluf (@drfernandomaluf), fundador do Instituto Vencer o Câncer.

"O câncer é uma doença muito comum. São 600 mil novos casos diagnosticados por ano no Brasil, praticamente a metade, infelizmente, sucumbe à doença", relata o médico, destacando que a doença é multifacetária, com várias características.

Os fatores que levam ao câncer se formar, acrescenta ele, também são múltiplos: "Os fatores genéticos são importantes, mas não representam mais do que 10%. E 90% são os fatores ambientais."

Oncologista responde se existe uma dieta anticâncer

Não há dúvidas. De acordo com o especialista, as más escolhas na alimentação são um importante fator no desenvolvimento da doença. "A dieta, junto com obesidade e sedentarismo, são a segunda ou até a primeira maior causa de câncer em vários países do mundo", alerta.

O profissional de saúde afirma que a dieta é responsável por mais de 20 tipos de câncer, por pelo menos três de cada dez pacientes com câncer no mundo e no país.

"Quando o paciente tem o diagnóstico de câncer e inicia um tratamento, seja homem ou mulher, ele pode ter efeitos ruins e um deles é a desnutrição", destaca.

O tratamento contra o câncer pode causar desnutrição

A desnutrição pode surgir devido aos efeitos colaterais da cirurgia, da radioterapia e da quimioterapia. Quando o câncer afeta áreas como a cabeça e o pescoço, por exemplo, o tratamento pode causar dor, dificuldade para engolir e perda de apetite, o que contribui para a desnutrição.

Esse quadro afeta até 60% dos pacientes, e quem não consegue manter uma boa nutrição tem um prognóstico pior.

Por outro lado, ele acrescenta que a obesidade, durante e após o tratamento, também é um fator de risco que piora o prognóstico. Portanto, a perda de peso e a desnutrição podem ser tão prejudiciais quanto o excesso de peso, tornando a alimentação um aspecto essencial no combate à doença.

Para garantir que os pacientes mantenham sua integridade nutricional, é fundamental que haja uma intervenção nutricional precoce, incluindo avaliação regular com nutricionistas ou nutrólogos, para uma dieta personalizada para cada paciente, podendo incluir suplementação.

"Essas estratégias visam uma melhora do sistema imunológico e da qualidade de vida dos pacientes. Esses profissionais são extremamente importantes desde o diagnóstico", afirma.

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