• Entrar
  • Cadastrar
Perigo silencioso nas embalagens de fast-food: parece inofensivo, mas isso pode bagunçar seu sistema hormonal e prejudicar o metabolismo
Fausto Fagioli FonsecaPor  Fausto Fagioli Fonseca  | Redator

Fausto é jornalista há mais de 15 anos, tendo trabalhado em diversos veículos com foco em saúde, alimentação, bem-estar e atividade física. Admite que não é um grande cozinheiro como as suas avós, mas tem suas receitinhas secretas!

Algumas substâncias das embalagens podem ser bem perigosas para a saúde; entenda

Perigo silencioso nas embalagens de fast-food: parece inofensivo, mas isso pode bagunçar seu sistema hormonal e prejudicar o metabolismo

Os riscos dos fast-foods não estão só nos alimentos, mas também nas embalagens! (Crédito: Shutterstock)

Alimentos ricos em gordura e açúcar refinado, como os ultraprocessados e fast-foods, são um problema de saúde mundial. Esse tipo de comida está relacionado a doenças crônicas não transmissíveis, como as que afetam o coração e podem causar câncer, hipertensão, diabetes e obesidade.

Mas existe um outro problema relacionado a esses alimentos que pouca gente sabe: e esse problema não está na comida em si, mas sim nas embalagens! Vamos entender:

Estudo descobre “desreguladores endócrinos” em embalagens

Estamos expostos a diversos contaminantes químicos presentes em produtos de uso diário, incluindo alimentos e embalagens. Esses contaminantes podem ser divididos em dois tipos, segundo um estudo espanhol: poluentes não persistentes e poluentes persistentes.

No primeiro grupo estão substâncias como os fenóis, encontrados em produtos de higiene pessoal e em papéis e papelão reciclados usados em embalagens, como as de fast-food, incluindo pizzas, hambúrgueres, batatas fritas e doces. Eles podem entrar no nosso sistema endócrino, permanecendo por um curto período de tempo (horas ou dias).

Já no caso dos persistentes, eles podem permanecer no corpo humano durante anos, ou mesmo décadas. Esses poluentes químicos são encontrados em revestimentos para frigideiras, recipientes de alimentos, roupas e estofados.

Segundo o estudo, essas substâncias foram encontradas em populações de todo o mundo e de todas as idades, incluindo mulheres grávidas - e são consideradas um problema de saúde, podendo desregular o sistema endócrino.

Risco para grávidas e bebês

Muitos desses poluentes químicos citados acima são considerados desreguladores endócrinos, capazes de afetar todo o sistema hormonal do corpo, já que têm uma estrutura muito semelhante à dos hormônios. Uma vez dentro do organismo, eles podem afetar o transporte, a produção, o metabolismo e a ação desses hormônios, desequilibrando todo o sistema endócrino.

Em casos de mulheres grávidas, os efeitos sobre o feto, segundo o estudo, são graves, podendo causar até alterações no desenvolvimento neuropsicológico. Isso acontece porque o contato pré-natal com alguns desses poluentes têm relação direta com alterações nos níveis dos hormônios tireoidianos maternos.

Aposte em uma alimentação natural

Uma alimentação considerada saudável passa por “desembalar menos e descascar mais”. Ou seja, evitar ao máximo o consumo de alimentos industrializados e processados, como lanches prontos, biscoitos, chocolates, balas e salgadinhos, e focar mais em “comida de verdade”, como frutas, legumes, ovos, carnes e laticínios.

Além do risco associado ao consumo direto desses alimentos, ricos em açúcar e gordura, como vimos acima, os próprios componentes das embalagens são poluentes de grande risco para a nossa saúde em longo prazo, afetando o sistema endócrino e o metabolismo. A conclusão: quanto mais natural a alimentação, melhor em todos os aspectos!

Comidas saudáveis e baratas: aprenda a comer bem gastando pouco com essas deliciosas receitas
9 maravilhosos substitutos de carne: o que comer no lugar da proteína e manter uma alimentação saudável

Temas relacionados