
O salmão, as frutas vermelhas e os cogumelos são alguns dos alimentos presente na dieta saudável indicada pela OMS (Créditos: Shutterstock)
Não é de hoje que a Organização Mundial da Saúde elege a alimentação de um determinado país como a melhor. Aliás, quando o assunto é esse, a primeira coisa que pensamos é na dieta mediterrânea, mas há uma nova parte do mundo que está chamando atenção pelos hábitos alimentares saudáveis: a dieta nórdica.
O que é a dieta nórdica e quais são os principais alimentos consumidos?
Recentemente, a dieta nórdica, também chamada de dieta escandinava, foi eleita como uma das dietas mais saudáveis do mundo pela OMS. Os países escandinavos priorizam uma alimentação fresca e local, rica em fibras, vegetais, grãos, peixes gordos e laticínios de baixa gordura. Já os ultraprocessados são consumidos em pouquíssima quantidade.
Pode parecer bastante com a dieta mediterrânea, mas a diferença se encontra na quantidade de carne vermelha consumida, já que a dieta nórdica dá preferência para peixes gordos e carnes magras. Além disso, a dieta escandinava usa óleo de canola no preparo das refeições, enquanto a mediterrânea prefere o azeite de oliva.
Os principais alimentos consumidos pelos nórdicos são peixes gordos como salmão e cavala, ovos, frutas vermelhas como morango, framboesa, amora, ameixa, mirtilo e cereja, além de grãos de cevada e centeio, nozes, cogumelos, tubérculos e leguminosas.
Os benefícios da dieta nórdica para o corpo humano
Segundo nutricionistas, o grande benefício da dieta nórdica para o corpo humano está associado à quantidade e qualidade de nutrientes presentes nos alimentos. Ela é rica em ômega 3 por causa do alto consumo de peixes gordos, vitaminas e minerais e antioxidantes presentes na variedade de vegetais consumidos, e o melhor de tudo é que eles priorizam o cultivo orgânico. Isso tudo influencia no funcionamento do sistema cardiovascular e diminui o risco de diabetes.
É possível incorporar a dieta nórdica aos hábitos alimentares brasileiros?
Muitos alimentos que fazem parte da dieta nórdica já fazem parte da alimentação dos brasileiros ou são fáceis de incorporar, como é o caso da cavala, que pode ter um preço muito bom dependendo da região em que você more. O mesmo acontece com tubérculos (como a batata), ovos e os laticínios. No entanto, alguns outros ingredientes como algumas das frutas vermelhas, os cogumelos e o salmão são mais difíceis de adicionar por conta do preço elevado, além de serem difíceis de encontrar em supermercados.
Embora o salmão tenha ficado cada vez mais comum na alimentação dos brasileiros, ele ainda é bem caro. Outro detalhe importante é que a maior parte do salmão que chega ao Brasil vem da costa do Chile, onde são criados em cativeiros e comem ração. Isso impacta diretamente no sabor, nos nutrientes e até na cor do peixe.
A cor laranja característica do salmão é obtida através do consumo de camarão e krill; eles que garantem a coloração através de um pigmento chamado astaxantina, que possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Ou seja, como eles são criados em cativeiro e não se alimentam da mesma forma que os salmões livres, é usado um pigmento artificial para ficar com a mesma aparência.
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