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"É uma P..": o que Paola Carosella revelou sobre estrelas Michelin nos restaurantes brasileiros e vida do chefs é chocante

A cozinheira profissional falou sobre as exigências da Michelin para distribuir suas estrelas aos restaurantes

Veja como funciona a graduação das estrelas Michelin (Crédito: Shutterstock / Youtube Podpah)

No universo das cozinhas profissionais, a avaliação das estrelas Michelin é o máximo a que se pode almejar, sendo considerados restaurantes excepcionais e que valem a visita. Você já visitou algum restaurante Michelin?

Criadas em 1926, pelo Guia Michelin, originalmente um guia de viagens publicado pela empresa francesa de pneus Michelin, as estrelas começaram a ser indicadas para estabelecimentos como uma forma de destacar os melhores restaurantes durante as viagens.

Essas classificações têm todo um processo até hoje e são dadas por inspetores anônimos, que se baseiam em critérios rigorosos, como qualidade dos ingredientes, domínio dos sabores, inovação da cozinha e até a personalidade do chef em sua culinária.

Cada estrela tem um significado específico

Um restaurante pode ser classificado com uma, duas ou três estrelas Michelin - e cada classificação tem seu significado.

  1. Uma estrela indica que o restaurante é muito bom em sua categoria, merecendo uma parada durante a viagem
  2. Duas estrelas significam que o restaurante oferece uma cozinha excelente, que vale a pena um desvio
  3. Três estrelas representam uma cozinha excepcional, que justifica uma viagem especial até o local

Receber estrelas Michelin é considerado um dos maiores reconhecimentos no mundo culinário, trazendo prestígio e atraindo gourmets de todo o mundo. Mas nem tudo é glamour! Em entrevista recente ao Podpah, a chef Paola Carosella falou sobre essa avaliação tão famosa.

Paola Carosella fala sobre estrelas Michelin e solta o verbo

Ter uma estrela Michelin é um grande feito, mas a pressão que vem com essa distinção pode ser avassaladora. Essa pressão constante para atender às expectativas de críticos e clientes pode transformar a paixão pela culinária em um fardo pesado.

Para receber uma estrela Michelin, um restaurante deve atender a uma série de critérios. Isso inclui a qualidade da comida, a apresentação dos pratos e até mesmo o ambiente do restaurante. Para a chef Paola Carosella, tentar adaptar todos esses padrões internacionais de qualidade no Brasil pode ser um desafio gigante.

“Tudo que eu vi foram pessoas sofrendo pra c….”, falou Paola na entrevista. Isso porque, segundo ela, existem desafios aqui no Brasil que dificultam a equiparação com restaurantes europeus. “é uma put…, me desculpe. Você tentar se manter nesse lugar de três estrelas… é uma loucura”.

Ela exemplifica que, aqui, trabalhadores das cozinhas enfrentam desafios diários, como a falta de transporte público adequado para sua equipe e a necessidade de condições de trabalho que permitam um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. “Isso tem tudo a ver com a comida”, fala.

“Daí você pede para esses restaurantes daqui que cheguem ao mesmo nível de avaliação e muitos entram nessa competição”, diz ela. “Daí querem seguir padrões, fazer pratos extravagantes… e eu não gosto de nenhuma obsessão desse tipo”.

Segundo ela, além da manutenção dos padrões, há uma pressão constante para inovar. Restaurantes buscam criar pratos surpreendentes e experiências únicas para atrair a atenção de críticos e clientes. Essa busca incessante pela novidade pode levar a um desgaste emocional e físico entre os chefs.

Enquanto alguns chefs prosperam sob essa pressão, muitos outros sucumbem: e a obsessão por estrelas Michelin pode resultar em noites sem sono e estresse constante, transformando a paixão pela culinária em uma experiência angustiante.

Quem escolhe os melhores restaurantes do mundo? Entenda como o Guia Michelin avalia a comida e distribui as estrelas
Sabia que não existe NENHUM restaurante com três estrelas Michelin no Brasil? Vem entender por quê!

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