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Alimento queridinho das dietas pode ser responsável pelo aumento da sua fome, aponta novo estudo
Clarice MunizPor  Clarice Muniz  | Redatora

Sou jornalista e assessora de imprensa especializada em conteúdos de saúde e bem-estar. Adepta da comida de verdade, costumo preparar as minhas refeições diariamente, seguindo as recomendações de cuidados e saúde de especialistas. Sou fã de pimenta. Se você não curte comida picante, não se arrisque em tirar uma provinha da minha panela.

Substância muito presente em dietas de baixas calorias pode afetar o hipotálomo e estimular o apetite

Alimento queridinho das dietas pode ser responsável pelo aumento da sua fome, aponta novo estudo

Veja o que diz estudo sobre esse alimento queridinho das dietas (Fotos: Shutterstock; destaque: Canva)

Você jura que está seguindo a dieta à risca, mas um alimento conhecido por ajudar a reduzir o consumo de calorias pode estar atrapalhando o seu plano de emagrecimento.

Essa é a conclusão de um estudo recente, que coloca em alerta o consumo dessa substância para as pessoas que estão lutando para perder peso.

Segundo pesquisadores da USC (Universidade do Sul da Califórnia), o consumo da sucralose, adoçante muito usado como substituto do açúcar, pode aumentar a região do cérebro que regula o apetite e o peso corporal.

Eles descobriram ainda que esse adoçante também altera a forma como o hipotálamo se comunica com outras regiões do cérebro. Entenda o que acontece e aproveite a oportunidade para reavaliar os seus hábitos!

Estudo mostra como a sucralose altera a atividade cerebral

Muitos brasileiros já incorporaram o hábito de consumir adoçantes regularmente com o objetivo de reduzir calorias ou a ingestão de açúcar. Mas isso não significa que a fome estará controlada.

Os pesquisadores conduziram um experimento randomizado para investigar como a sucralose pode influenciar a atividade cerebral, os níveis hormonais e a sensação de fome.

Estudos anteriores, realizados em animais, já haviam apontado uma ligação entre adoçantes sem calorias e a obesidade, porém, não se aprofundou sobre como esses compostos afetam a fome em humanos.

A sucralose aumenta a fome e a atividade do hipotálomo

Os pesquisadores avaliaram a resposta de 75 participantes após consumirem água, uma bebida adoçada com sucralose ou com açúcar. Foram coletados exames de ressonância magnética funcional (fMRI), amostras de sangue e classificações de fome antes e depois do consumo.

"As descobertas mostram como a sucralose confunde o cérebro ao fornecer um sabor doce sem a energia calórica esperada. Esse 'descompasso' pode até mesmo desencadear mudanças nos desejos e no comportamento alimentar ao longo do tempo", explica Kathleen Alanna Page, diretora do USC Diabetes and Obesity Research Institute e principal autora do estudo.

Ela acrescenta que se o seu corpo espera uma caloria por causa da doçura, mas não recebe a caloria esperada: "Isso pode mudar a maneira como o cérebro é preparado para desejar essas substâncias ao longo do tempo.”

"Essas descobertas sugerem que a sucralose pode impactar os desejos ou o comportamento alimentar, disse.

Como adoçantes afetam os cérebros de crianças e adolescentes

Os cientistas notaram que participantes do sexo feminino apresentaram maiores alterações na atividade cerebral do que os de sexo masculino.

O próximo passo é investigar como os adoçantes sem calorias afetam os cérebros de crianças e adolescentes, que consomem mais açúcar e substitutos do que qualquer outra faixa etária.

"Essas substâncias estão levando a mudanças no desenvolvimento cerebral de crianças que correm risco de obesidade? O cérebro fica vulnerável durante esse período, então pode ser uma oportunidade crítica para intervir", disse.

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