
Dieta mediterrânea é uma grande aliada do cérebro. (créditos: Shutterstock)
A dieta mediterrânea é um plano alimentar baseado no consumo de alimentos naturais ricos em fibras, antioxidantes e gorduras boas. Ela recebe esse nome porque é baseada nos hábitos alimentares dos países que fazem parte da região do Mar Mediterrâneo, como Grécia, Itália e Espanha. Por lá, é muito comum as pessoas se alimentarem de peixes, vegetais frescos, grãos, aves e azeite.
A primeira vez que a dieta mediterrânea ganhou destaque foi na década de 1950, quando uma pesquisa com diversos países revelou que os moradores da Ilha de Creta, localizada ao Sul da Itália, tinham menos chances de morrer de doenças do coração. Desde então, os hábitos alimentares dessa região são considerados uma referência para a saúde cardiovascular e aumento da expectativa de vida.
Recentemente, um novo estudo descobriu que a dieta mediterrânea também pode ser uma grande aliada do cérebro. Saiba mais a seguir.
Dieta mediterrânea melhora a memória e aumenta a capacidade do cérebro de absorver novas informações
A pesquisa foi conduzida pelos pesquisadores da Universidade Tulane, nos Estados Unidos. Durante o estudo, os pesquisadores alimentaram por 14 semanas um grupo de ratos com alimentos típicos da dieta mediterrânea, como azeite de oliva, peixes e fontes de fibras. Ao final, eles repararam que os animais tiveram um aumento na quantidade de bactérias benéficas que habitam o intestino.
Esses microrganismos, por sua vez, têm um papel muito importante na manutenção da saúde cognitiva. Em resumo, as bactérias da flora intestinal influenciam na produção de diversos neurotransmissores, inclusive alguns responsáveis por funções cognitivas como memória e aprendizado.
Para confirmar os resultados dos exames, os pesquisadores realizaram alguns testes de labirinto para medir a capacidade de memorização e aprendizado entre os ratos do laboratório. O grupo dos animais que foram alimentados com base na dieta mediterrânea tiveram um desempenho melhor comparado aos outros que não seguiam a dieta.
Além disso, os pesquisadores também perceberam que os ratos do experimento tinham uma flexibilidade cognitiva maior, ou seja, absorviam informações mais rapidamente.
Pesquisadores acreditam que os resultados do estudo também são válidos para os humanos
O estudo da Universidade Tulane foi realizado apenas com ratos. No entanto, os pesquisadores acreditam que os resultados possam ser os mesmos em humanos. Vários alimentos típicos dessa dieta, como peixes ricos em ácidos graxos ômega-3 (especialmente salmão e sardinha), azeite de oliva, nozes, frutas e vegetais, já são amplamente conhecidos por terem um impacto positivo na função cognitiva e ajudar a proteger o cérebro contra doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e demência.
Os ácidos graxos ômega-3, encontrados principalmente em peixes, são fundamentais para a estrutura das células cerebrais e ainda têm propriedades anti-inflamatórias, o que também melhora bastante a saúde do cérebro. O azeite de oliva, por sua vez, é rico em antioxidantes, como os polifenóis, que combatem o estresse oxidativo, um fator que acelera o envelhecimento cerebral.
Além disso, a dieta mediterrânea, por ser rica em alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, também melhora o humor, a memória e a capacidade de aprendizado.
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