Depois da água, o café e o chá são as melhores escolhas de bebidas para a nossa saúde. (créditos: Shutterstock)
A água é a bebida mais saudável que existe. Ela é a principal fonte de hidratação do corpo e participa de diversos processos metabólicos, incluindo a digestão e absorção de nutrientes. O consumo de água também contribui para a saúde da pele, melhora o desempenho físico, ajuda na manutenção da pressão sanguínea e elimina resíduos e toxinas do organismo por meio da urina, suor e fezes.
Para aproveitar todos os benefícios da água, o recomendável é beber, em média, 2 litros por dia - quantidade que varia de acordo com altura, peso e idade de cada pessoa. Esse volume ainda pode ser distribuído em outras bebidas. Mas será que alguma delas chega a ser tão saudável quanto a água? Segundo a Universidade de Harvard, existe. É o que aponta um estudo desenvolvido pelo Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da instituição, que coloca o café e o chá como ótimas escolhas para o bem-estar do organismo.
Veja a seguir por que o café e o chá podem ser consideradas alternativas tão saudáveis quanto a água e como consumir essas bebidas da maneira correta.
Café é rico em compostos bioativos altamente benéfico para a saúde
De acordo com a pesquisa, tanto o chá quanto o café são excelentes fontes de antioxidantes, flavonoides e outras substâncias que podem ser benéficas para a saúde. O café, por exemplo, contém cafeína, um estimulante natural que melhora o estado de alerta, a concentração e o desempenho cognitivo. A cafeína também aumenta a taxa metabólica, o que pode contribuir para a queima de calorias e auxiliar na perda de peso.
Além disso, o café também bloqueia a ação da adenosina, um neuromodulador que tem efeitos sedativos e inibitórios nos sistemas vascular e nervoso central. Por outro lado, ele também ativa a dopamina, o que a ajuda a potencializar a memória, atenção e concentração.
Além disso, a pesquisa também aponta que o consumo regular de café pode estar associado a um menor risco de desenvolver problemas neurodegenerativos, como o Mal de Alzheimer e o Mal de Parkinson, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e certos tipos de câncer. Por isso, os pesquisadores afirmam que consumir de 3 a 5 xícaras padrão da bebida por dia pode ser bastante benéfico para a saúde.
Chás contribuem para a hidratação do corpo e são ricos em antioxidantes
Os chás são ótimas opções para complementar a hidratação diária, principalmente quando consumidos sem adição de açúcar ou outros ingredientes. Dependendo da planta ou erva que são feitos, eles podem auxiliar na redução dos níveis de colesterol e na melhoria da saúde cardiovascular, como no caso do chá verde, ginkgo biloba e espinheira santa.
Contudo, os benefícios dos chás estão estão nos seus antioxidantes. A maioria das ervas são ricas em catequinas e flavonoides, substâncias que protegem as células dos danos causados pelos radicais livres. Alguns chás também possuem propriedades anti-inflamatórias que combatem os processos inflamatórios no corpo.
A pesquisa também atribuiu aos chás o poder de melhorar a imunidade, reduzir o risco de diabetes do tipo 2 e melhorar na função cerebral, atuando na prevenção do declínio cognitivo. A recomendação, neste caso, é consumir de 2 a 3 xícaras de chá por dia.
Chá e café são bebidas saudáveis, mas não para todos
Segundo os pesquisadores de Harvard, o consumo de café não é indicado para indivíduos que apresentam sintomas de nervosismo, ansiedade ou insônia. A bebida também não é recomendada para aqueles que têm problemas de pressão arterial. Já as grávidas são aconselhadas a ingerir menos de 200 mg de cafeína por dia, para reduzir o risco de efeitos adversos ao desenvolvimento do feto. Para esses casos, o café descafeinado é uma boa alternativa, pois ele oferece benefícios semelhantes aos do café normal.
Em relação aos chás, a pesquisa destaca que são poucos os riscos associados ao consumo da bebida. O único cuidado é evitar excessos, principalmente se tratando de pessoas grávidas, diabéticas e com problemas renais. Nesses casos, a recomendação é sempre consultar um profissional de saúde para saber a quantidade ideal e quais ervas são realmente seguras para consumo.
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