O pistache é uma oleaginosa que virou queridinha nesse ano. O panetone de pistache foi febre nas lojas e muita gente aprendeu a fazer a nutella de pistache para usar em receitas de doces como o pavê de pistache e o tiramisù de pistache. Mas esse ingrediente tão amado não cabe no bolso de todo mundo. Sempre que vemos um pistache no mercado atualmente é porque ele veio de fora, importado dos países produtores dessa oleaginosa.
Por isso até a oleaginosa pura é cara e fazer um simples brigadeiro de pistache pode sair caro. Felizmente isso pode mudar no futuro próximo, graças a um estado, o Ceará, que pode ser o primeiro produtor de pistache do Brasil. Por que o Ceará e por que agora? O TudoGostoso explica a história por trás dos primeiros pistaches brasileiros.
Onde o pistache é produzido?
O pistache é um ingrediente que tem adoradores em todo o mundo, mas é nativa do sudoeste asiático, o que abrange países do Oriente Médio. De lá, se estendeu também pelo mediterrâneo e até a região desértica da Califórnia nos Estados Unidos. Atualmente a maior parte da produção da oleaginosa está concentrada em três países: o Irã, os Estados Unidos e a Turquia. Somente os dois primeiros já são responsáveis por 75% do mercado do alimento.
O ingrediente ficou famoso em doces como o sorvete de pistache italiano, mas já era muito usado em receitas tradicionais como a baklava e misturado em embutidos como a mortadela. Como o pistache tem benefícios para a saúde e fica ótimo em receitas, o mercado do pistache está crescendo e mais países querem entrar na onda para garantir a produção local e também uma fatia das exportações.
Por que produzir pistache no Ceará?
O Brasil até então não tem produtores oficiais de pistache, mas isso pode mudar em breve. A iniciativa partiu justamente dos agricultores do Ceará. Ainda em 2022, a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (FEAC) entrou com um pedido à Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, pela autorização do plantio experimental de pistache.
O primeiro passo é permitir a importação do material genético do pistache, usado para elaborar o primeiro plantio de acordo com as condições de clima e solo do Brasil. Os estudos definem a região dos testes iniciais para uma pequena plantação. Infelizmente é um processo longo e sem garantia de quando ou se vai dar certo.
Mas se tudo ocorrer como o esperado, os agricultores cearenses terão em mãos a fórmula para produzirem essa oleaginosa deliciosa no Brasil. A boa notícia é que o estado do Ceará é talvez o que tenha maior chance de sucesso já que tem experiência em produzir alimentos estrangeiros em solo brasileiro, como fizeram com o mirtilo, que começou a ser produzido lá em 2022. Por aqui estamos torcendo para que a empreitada dê certo o quanto antes para termos um pistache para chamar de nosso.
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