Pertinho de Paraty, essa cidade paulista é um refúgio de charme europeu, natureza e boa gastronomia

Já pensou em se refugiar longe da cidade no meio da calmaria das montanhas? Você não precisa ir muito longe para encontrar esse lugar. A cidade de Cunha tem toda essa tranquilidade com ares de Europa no Brasil, só que muito mais perto e fácil de acessar de duas capitais. Por ficar na divisa de dois estados, Cunha é um destino perfeito para um bate e volta São Paulo ou Rio de Janeiro. Além do charme de refúgio, a cidade paulista tem atrações de sobra para curtir alguns dias, seja pela natureza, cultura ou boa comida. Descubra no TudoGostoso o que tem em Cunha com dicas para montar o roteiro da sua próxima viagem.

O que fazer em Cunha?

Cunha é conhecida por muitas coisas. Ela é a capital de fuscas por ter a maior frota do carro no Brasil, a maior produtora de pinhão de São Paulo, o maior campo de lavanda do estado paulista e uma das cidades que historicamente faz parte do Caminho Velho da Estrada Real que segue de Paraty até Diamantina. E isso só para citar alguns títulos.

Em Cunha a natureza prevalece em muitos espaços. Ele fica no meio do mar de morros das Serras da Bocaina, do Mar, da Mantiqueira e do Quebra-Cangalha. Trilhas e excursões de jipe levam para vários picos e cachoeiras dentre os altos e baixos das montanhas da região. O passeio até o pico da Pedra da Macela, divisa entre os estados, é bem íngreme, mas um dos mais recompensadores da cidade. O ecoparque Canto das Cachoeiras e o Parque Estadual da Serra do Mar são a Cachoeira da Pimenta são bons passeios para mergulhar na água ou só relaxar ao som tranquilizante das quedas d’água.

Se quiser sentir o aroma e ver a beleza das lavandas, tem mais de uma opção. A primeira é o Lavandário, com uma grande área coberta com as flores roxas o ano inteiro e vista também para a serra. Enquanto estiver lá, não deixe de provar um sorvete de lavanda. A segunda é o Contemplário, que tem um campo de lavandas um pouco menor, mas tão charmoso quanto e com opção de aproveitar a estrutura estilo chalé para tomar um café fresco ou um vinho no deque de observação e ainda sair de lá com produtos feitos com a lavanda local.

O artesanato de Cunha também tem bastante fama, especialmente nas cerâmicas. Desde a época dos povos indígenas as cerâmicas já faziam parte da cultura da região. A tradição continuou entre paneleiras, mas a especialização da cidade na arte é recente. Em 1975 um grupo de artistas da área se instalou em Cunha e construiu o primeiro forno noborigama, um forno tradicional com técnicas japonesas. A popularidade das cerâmicas de Cunha aumentou e virou atração turística, especialmente durante o Festival de Cerâmica de Cunha. A Gaia Arte Cerâmica, a Casa do Artesão e o Museu Municipal Francisco Veloso são os melhores lugares para admirar e comprar as cerâmicas locais.

Ir para Cunha também é uma oportunidade de conhecer um pedacinho da antiga Estrada Real. Pelo trajeto tem sítios tradicionalíssimos, alguns com visitação para o público como o Sítio do Cume e sua produção de leite de búfala e derivados. Cunha tem bastante atração para conhecer, mas a proximidade de outras cidades históricas e turísticas é perfeita para fazer pequenos passeios nos arredores. Paraty fica logo do lado, bem no litoral da Costa Verde do Rio de Janeiro, com o centro histórico, praias e passeios de barco como as principais atividades. Já é até comum que turistas hospedados em Cunha visitem Paraty e vice-versa.

Como chegar em Cunha?

Você pode chegar a Cunha de carro ou ônibus a partir de três capitais do Sudeste. São Paulo é a capital mais próxima, a 230 km de distância, e a viagem terrestre leva cerca de 3 horas. Do Rio de Janeiro é um pouco mais longe, a 300 km que podem ser percorridos em 4 horas vindo ou pela serra, passando por Volta Redonda e Itatiaia, ou pelo litoral de Angra dos Reis e Paraty.

Dá para chegar também de Belo Horizonte, mas com 550 km separando as duas cidades são quase 8 horas na estrada. Para quem vem de mais longe o jeito é pegar um avião para São Paulo, de preferência para o Aeroporto Internacional de Guarulhos que é o mais próximo de Cunha e diminui a viagem a quatro rodas para 2h30.

Qual a melhor época para conhecer Cunha?

Cunha é uma cidade boa para ir em qualquer época do ano, vai depender de quais atrações você tem mais interesse. Normalmente o mais indicado é conhecer Cunha no inverno para aproveitar o clima da serra e os eventos da época, como o Festival do Inverno, a Festa do Pinhão e o Festival de Cerâmica. O inverno em Cunha não é muito frio, com temperaturas médias indo de 12ºC a 20ºC, então ainda pode fazer os passeios de ecoturismo, o único porém é não poder aproveitar tanto os mergulhos nas cachoeiras.

Quem fizer questão de calor e diversão nas águas de Cunha, o jeito é ir em temporadas mais quentes. Nesses casos o verão tem a temperatura ideal, mas tenha cuidado com as chuvas, que são bem constantes nessa época. Uma alternativa é ir em abril ou outubro, que ainda tem um calorzinho e menos chances de chuva. Para quem quer ir para Cunha por causa das lavandas, a boa notícia é que os campos ficam floridos o ano inteiro, então pode escolher a sua data de viagem preferida.

Quantos dias ficar em Cunha?

Uma viagem para Cunha pode render o quanto você quiser explorar a região. O mínimo ideal para conhecer as principais cachoeiras e montanhas e também um pouco da parte histórica e artística da cidade é três dias. Se quiser fazer um bate e volta de alguma capital próxima no final de semana o passeio vai ser mais rápido, mas você pode ir várias vezes e aproveitar um pouco a cada ida. Se não tiver pressa, uma viagem de uma semana a dez dias rende passeios mais tranquilos por todos os cantos mais charmosos de Cunha e ainda pode dar um pulinho em Paraty.

Onde comer em Cunha?

Cunha tem restaurantes deliciosos para todos os gostos, perfeito para quem quer fazer uma viagem gastronômica. Os restaurantes Quintal da Cau, Delícias da Roça e Casa da Roça servem comida bem caseira e brasileira. O Drão Restaurante & Ateliê é comandado por um holandês e parece simples por fora, mas tem clima acolhedor e pratos inspirados pela nossa culinária com sabor inigualável, como o carro-chefe risoto de gorgonzola com pera e castanhas.

Para um jantar mais romântico, a opção é o italiano Il Pumo, com burschettas, burratas, macarrão à carbonara, entre outros. O espaço do salão é dividido com a Cervejaria Reale, um restaurante alemão. Por causa disso, dá para aproveitar a culinária de dois países em uma refeição acompanhada de hidromel e cervejas artesanais. Como uma pausa para um café é obrigatório em uma viagem, a dica é conhecer a Estação Café Real, uma cafeteria temática montada como réplica de estação de trem antiga, lembrando a história de Cunha como parada da Estrada Real.

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