
Alguns estudos demonstram o que acontece quando as pessoas treinam em jejum (Foto: Shutterstock)
Você faz parte do grupo de pessoas que treina antes ou depois do café da manhã? Muita gente tem optado por se exercitar em jejum com a justificativa de que esse hábito tornaria a queima de gordura mais eficiente, além de aumentar a massa magra.
Considerando esse argumento, o corpo teria que usar a gordura ao invés do açúcar para garantir energia durante a atividade. Será que essa proposta realmente funciona para emagrecer?
É verdade. Conforme já demonstrado em alguns estudos, incluindo em uma revisão da Unicamp, a queima de gordura é mais eficiente nesses casos.
No entanto, outros estudos já concluíram que o jejum não é o método mais eficiente para perder peso do que outras dietas. Qual o melhor caminho nesse caso?
O jejum não é recomendado para todos
A perda de peso saudável e definitiva está mais relacionada aos alimentos nutritivos consumidos ao longo do dia do que ao período de jejum.
O jejum pode não ser adequado para pessoas sedentárias que desejam iniciar atividades físicas, pois exigiria uma adaptação simultânea ao exercício e ao jejum.
Além disso, pessoas com sobrepeso ou obesidade devem evitar o jejum antes dos exercícios, pois a insulina elevada no organismo pode dificultar o uso da gordura como combustível, resultando em hipoglicemia e mal-estar.
O que acontece com quem corre em jejum
Você não perde massa muscular se treinar em jejum, afirma Danilo Balu, bacharel em esporte e nutrição, ao Viva Bem.
"Por exemplo, um estudo controlado feito por seis meses comparando dieta com uma única refeição ao dia, ou seja, jejuns diários de 24 horas, não encontrou evidências de perda muscular quando comparado a uma dieta com três refeições ao dia", explica.
Ele cita ainda outro estudo feito com pessoas que comiam em um dia e no outro não, realizado por mais de dois meses. O resultado não mostrou perda de massa muscular, mas houve perda de gordura.
"Já outra pesquisa submetendo as pessoas por dois meses também em dias alternados só que com jejuns ainda mais longos (36 horas!) encontrou não haver perda de massa muscular", afirmou.
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