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Pode fazer jejum intermitente todos os dias? Mestre em nutrição tem a resposta

Fazer ou não jejum intermitente todos os dias? Essa é uma dúvida bastante comum entre as pessoas que adotam o método.

Pode fazer jejum intermitente todos os dias? Mestre em nutrição tem a resposta

Faz mal fazer jejum intermitente todos os dias? (Foto: Freepik)

O que acontece com o corpo se fizer jejum intermitente todos os dias? Se você já experimentou esse método e se adaptou bem, ou se tem interesse em testar, é sempre bom entender como o organismo reage para seguir dar forma certa e evitar os resultados inversos.

De acordo com Luciano Bruno, mestre em nutrição e Doutor em Ciência de Alimentos pela Cornell University, nos Estados Unidos, é importante esclarecer algumas dúvidas essenciais para aderir ao jejum intermitente de forma saudável e segura.

O que é jejum intermitente e o que acontece com o corpo

O jejum intermitente é um período em que se para de comer com o objetivo de reduzir a glicemia e insulina, de aumentar a quebra e a oxidação de gordura, produção de corpos cetônicos e estímulo à biogênese mitocondrial.

Durante essa pausa nas refeições, o organismo responde da seguinte forma:

  • Estímulo dos genes e proteínas relacionados à nossa defesa antioxidante;
  • Estímulo da autofagia, ou seja, a eliminação de proteínas e organelas disfuncionais;
  • Estímulo da neuroplasticidade;
  • Utilização de gordura como fonte energética.

Quantas horas é feito o jejum intermitente

O ideal é começar o jejum ao poucos, gradativamente que se deve aumentar o período sem comer. Desta forma, de acordo com o especialista Luciano Bruno é recomendado iniciar com duas vezes na semana, de 14 a 16 horas, visando a cetoadaptação. O próximo passo, é progredir até alcançar as 18 horas, de 2 a 3 vezes na semana.

O que pode comer antes, durante e depois do jejum intermitente

O consumo de algumas bebidas sem calorias é liberado durante o período de jejum, como é o caso de chás, cafés, água e shots (sem adoçantes).

Uma orientação importante do especialista é que a última refeição antes do jejum e a primeira após o jejum sejam sempre ricas em fibras e proteínas, já que esses alimentos oferecem boa sociedade. Com essa estratégia, fica mais difícil sentir fome no processo de cetoadaptação.

Outra dica importante é quebrar o jejum com uma gordura boa, como o azeite, o óleo de abacate ou ácido caprílico, presente no coco, no óleo de coco, na pasta de amendoim, no óleo de palma e leite de vaca.

As gorduras boas também ajudam a regular a sociedade e a estimular as células para que oxidem mais gordura.

Por que não fazer o jejum todo dia?

Ao fazer o jejum todos os dias, o organismo busca se adaptar e nesse processo há uma redução da taxa metabólica basal. Isso acontece porque há uma diminuição dos níveis de T3 livre e aumento do T3 reverso.

O resultado é uma redução dos hormônios tiroidianos ativos que acaba impactando no metabolismo: ele fica mais lento, diminui a termogênese e o efeito é o aumento da dificuldade de perda de peso a longo prazo.

Agora que está tudo bem explicado, você já sabe que fazer o jejum intermitente todos os dias não é uma boa opção.

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