Se você ainda está no time dos que acreditam que petiscar faz mal à saúde, está na hora de rever seus hábitos: ao contrário da crença popular, ‘beliscar’ alimentos não é prejudicial à saúde, revelou novo estudo realizado na Inglaterra – desde que sejam feitas escolhas saudáveis.
Publicado em setembro no European Journal of Nutrition, a pesquisa apontou que as pessoas que costumam beliscar frutas e alimentos com maior teor de vitaminas tinham maior probabilidade de ter um peso saudável em comparação com aquelas que não comiam nada ou com aquelas que comiam alimentos não-saudáveis.
“Muitas pessoas acreditam que esses petiscos entre as grandes refeições por si só são os responsáveis pelo acúmulo de gordura e piora na saúde metabólica. É claro que há uma tendência em comer alimentos mais fáceis e que, por vezes, são ultraprocessados e, nesse caso, há sim prejuízos. Por outro lado, muitas pessoas também adquiriram o hábito de comer lanchinhos com alta qualidade, optando por alimentos como nozes, amêndoas e frutas, o que pode ser benéfico para o corpo”, diz a endocrinologista Dra. Deborah Beranger, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ).
Quais são os melhores alimentos para beliscar?
O segredo, segundo a médica, é apostar em alimentos de baixa densidade calórica e ricos em fibras. “Alimentos com baixa densidade calórica são aqueles com menor quantidade de calorias por grama. Ou seja, você pode comer um volume maior, estimulando mais a mastigação e garantindo um maior aporte de micronutrientes, o que promove mais saciedade”, explica a Dra. Deborah.
A nutróloga Dra. Marcella Garcez revela ainda que investir em alimentos ricos em fibras também ajuda. “A ação das fibras como uma ajuda na saciedade ocorre por três possíveis mecanismos: 1) elas ocupam o lugar das calorias e nutrientes da dieta; 2) aumentam a mastigação, o que limita a ingestão por meio da promoção e secreção de saliva e suco gástrico, resultando na expansão do estômago e do aumento da saciedade; e 3) elas reduzem a eficiência da absorção de outros alimentos no intestino delgado”, aponta a diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Os alimentos ricos em fibras, explica a especialista, têm uma densidade energética menor em comparação aos alimentos ricos em gorduras. “Portanto, os alimentos ricos em fibras poderiam estrategicamente substituir a energia dos alimentos não ingeridos”, diz a médica nutróloga.
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