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Caruaru muito além do forró: cozinhar milho para um batalhão é tradição em festa de rua

Evento conhecido como o Maior Cozido de Milho do Mundo acontece há 22 anos no município de Caruaru, em Pernambuco

Caruaru muito além do forró: cozinhar milho para um batalhão é tradição em festa de rua

Organizador André Carlos Monteiro abraçado ao panelão onde se faz o Maior Cozido de Milho, em Caruaru, Pernambuco. (Crédito: Jorge Farias / Prefeitura de Caruaru)

Palco de muito forró e festividades juninas, o município de Caruaru também é sede de um evento gastronômico megalomaníaco há 22 anos: O Maior Cozido de Milho do Mundo. No período das festas de São João, em que a cidade fica lotada de turistas, o bairro de Santa Rosa recebe moradores locais e visitantes para comerem e celebrarem o milho, alimento que é base para diversas receitas tradicionais como a canjica ou munguzá, a pamonha e o curau, que no nordeste é conhecido como canjica.

Na edição de 2023, realizada no domingo (25), foram cozidas mais de 2.500 espigas de milho, em um processo que durou 30 horas de fervura. O evento é organizado por André Carlos Monteiro, que vê na iniciativa uma forma de manter viva a tradição do São João de rua de Caruaru.

Por que comemos milho no São João?

Apesar de outros alimentos serem consumidos nos festejos juninos, é inegável o protagonismo do milho. A tradição das celebrações por São João veio da Europa, quando os agricultores realizavam festas para comemorar as colheitas.

Em Portugal celebrava-se a fartura do trigo, o que não fazia muito sentido para o Brasil. Por isso, nosso povo adaptou a comemoração a um grão que funcionou melhor em nosso solo: o milho. Dessa forma o ingrediente virou base para tantas receitas do período de junho.

O cereal tem em sua composição gordura, carboidrato, fibra e proteína, o que faz dele uma rica fonte de energia. O milho ainda oferece excelentes benefícios para o corpo, por fornecer ao organismo vitaminas do complexo B, minerais como ferro, potássio e cálcio.

Festival de Comidas Gigantes de Caruaru

No Festival de Comidas Gigantes de Caruaru, há espaço para quitutes sem milho, como é o caso do caldinho de feijão. (Crédito: Jorge Farias / Prefeitura de Caruaru)

No Festival de Comidas Gigantes de Caruaru, há espaço para quitutes sem milho, como é o caso do caldinho de feijão. (Crédito: Jorge Farias / Prefeitura de Caruaru)

Não é só o milho que é rei do gigantismo na cidade do agreste pernambucano. Há ainda festival de tapioca gigante, maior chocolate quente e maior caldinho do mundo, mas a lista de quitutes gigantes é extensa. A comilança com pratos típicos acontece desde maio e se estende até o fim de junho por diversos bairros.

Duas organizações centralizam as festividades gastronômicas gigantes por lá: a Associação dos Idealizadores das Comidas Gigantes de Caruaru e a União dos Criadores das Comidas Gigantes de Caruaru. O objetivo é descentralizar os acontecimentos dos principais polos do forró e levar os curiosos para outras localidades da cidade.

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