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Descoberta chocante: entenda por que o chocolate de Dubai pode fazer mal à saúde
Jéssica AntunesPor  Jéssica Antunes  | Redatora

Jornalista apaixonada pelo universo gastronômico. Aprendi a cozinhar de verdade (com panela de pressão e tudo) depois de sair da casa dos meus pais para estudar. Desde então, amo experimentar sabores, conhecer novas culinárias e me arriscar em receitas diferentes.

Testes laboratoriais revelaram substâncias perigosas e falhas graves na rotulagem de diversas marcas. Veja como se proteger.

Descoberta chocante: entenda por que o chocolate de Dubai pode fazer mal à saúde

Você já comprou chocolate importado achando que estava fazendo um bom negócio? Entenda por que o de Dubai virou alerta de saúde pública. (Foto: Shutterstock)

Importado dos Emirados Árabes Unidos, da Turquia e de outros países, o chocolate de Dubai ficou famoso por sua estética “luxuosa” e sabores únicos, muitas vezes com recheios coloridos, caldas brilhantes e embalagens douradas. Influenciadores digitais ajudaram a impulsionar o produto nas redes sociais, fazendo com que a procura aumentasse.

Porém, o que parecia um sucesso virou motivo de preocupação entre especialistas em saúde e segurança alimentar.

O que os testes encontraram

Segundo o governo de Baden-Württemberg, na Alemanha, 30 amostras foram analisadas por laboratórios oficiais. Dessas, quatro foram classificadas como impróprias para o consumo humano. O motivo? Contaminação por aflatoxina B1, uma toxina produzida por fungos, considerada altamente perigosa e potencialmente cancerígena.

Além disso, os testes revelaram:

  • Ingredientes não informados no rótulo, como gergelim (que pode causar reações alérgicas)
  • Substituição do chocolate por gorduras de baixa qualidade, sem informar o consumidor
  • Falhas graves na rotulagem e na origem declarada dos produtos

Por que esses riscos preocupam

Os produtos avaliados incluíam marcas vindas dos Emirados, Turquia, Jordânia e até da União Europeia. Além dos riscos de intoxicação e alergias, especialistas em nutrição destacam que o consumo recorrente desses ingredientes escondidos pode gerar problemas digestivos, inflamações e impacto negativo no fígado.

O maior problema é que, mesmo com aparência premium, o consumidor não tem como identificar essas substâncias apenas olhando o rótulo.

O que fazer se você já comprou ou consumiu

Se você já tem esse chocolate em casa, verifique:

A procedência: veja se há selo de fiscalização e informações claras sobre o fabricante

A rotulagem: ingredientes, validade e país de origem precisam estar legíveis e completos

O sabor e o cheiro: se notar gosto ou odor estranho, como de mofo ou ranço, descarte imediatamente

Caso tenha sintomas como náusea, coceira na boca, diarreia ou reações alérgicas após o consumo, procure atendimento médico e leve a embalagem do produto com você.

Como se proteger ao comprar chocolate importado

Algumas dicas podem ajudar você a evitar riscos à saúde:

  • Dê preferência a marcas conhecidas e registradas pela Anvisa
  • Desconfie de preços muito abaixo da média
  • Evite produtos com origem ou rotulagem duvidosa
  • Busque informações sobre o fabricante e o distribuidor antes de comprar

Vai continuar sendo vendido?

As autoridades alemãs já indicaram que a fiscalização vai continuar nos próximos meses, com foco em rastreabilidade e segurança alimentar. No Brasil, ainda não há posicionamento oficial da Anvisa, mas é possível que medidas semelhantes sejam adotadas.

Enquanto isso, o mais seguro é evitar o consumo até que haja mais garantias sobre a qualidade e segurança desses produtos.

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