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Comer rápido demais faz mal à saúde? Veja o que dizem os cientistas...

Saiba qual é o real impacto de comer rápido demais as refeições, segundo a ciência!

Comer rápido pode fazer mal à saúde? Veja resposta da ciência (Foto: Shutterstock)

Muitas vezes ficamos atentos aos benefícios (e malefícios) de determinadas comidas ou mesmo de combinações de ingredientes. Mas sabia que não apenas o que você come, como também a forma de comer vem sendo cada dia mais estudada pela ciência? A velocidade e o momento em que você come também desempenham um papel importante.

Pesquisas recentes sinalizam que esses dois fatores podem afetar o risco de problemas gastrointestinais, obesidade e diabetes tipo 2. Comer rápido demais pode trazer efeitos gastrointestinais de curto prazo, como indigestão, gases, inchaço e náusea. No entanto, agora a ciência estuda a fundo as consequências de longo prazo desse hábito.

O que acontece se comer muito rápido?

Um estudo com mais de 10 mil adultos na Coreia do Sul relatou que aqueles com a velocidade de alimentação mais rápida (menos de 5 minutos por refeição) tinham uma probabilidade 1,7 vezes maior de sofrer um tipo de gastrite do que aqueles com a velocidade mais lenta (maior ou igual a 15 minutos por refeição).

Comer rápido demais também foi associado ao aumento do risco de indigestão prolongada, observaram cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Sungkyunkwan, em Seul, na Coreia do Sul. De acordo com os pesquisadores, o risco de alterações metabólicas e eventual desenvolvimento de diabetes tipo 2 também parece estar relacionado à rapidez com que os alimentos são consumidos.

Por que comer muito rápido é prejudicial para a digestão?

Um estudo realizado em 2019 pela Universidade de Bristol, no Reino Unido, instruiu dividiu um grupo de pessoas e as instruiu a comer uma refeição de 600 calorias em um ritmo "normal" ou "lento" (6 minutos ou 24 minutos). Ficou constatado que o grupo mais lento ao comer relatou sentir-se mais saciado e consumir menos calorias.

Entretanto, alguns especialistas apontam que essa abordagem pode não funcionar para todas as pessoas. Há evidências que sugerem que as táticas para desacelerar a alimentação podem não limitar o número de calorias que as pessoas com sobrepeso ou obesas consomem.

De acordo com Michael Camilleri, MD, consultor da Divisão de Gastroenterologia e Hepatologia da Mayo Clinic em Rochester, nos Estados Unidos, pacientes com obesidade podem apresentar diferenças fisiológicas em seu processamento de alimentos.

"Demonstramos que cerca de 20% a 25% das pessoas com obesidade têm, na verdade, esvaziamento gástrico rápido. Como resultado, elas não se sentem saciadas depois de comer uma refeição e isso pode afetar o volume total de alimentos que ingerem antes de se sentirem realmente saciadas”, afirmou ao portal WebMD.

Já sabia dessa relação entre tempo e ritmo de se alimentar? Fique atento em sua próxima refeição e busque uma rotina mais saudável. No TudoGostoso, você encontra outros artigos sobre alimentação e bem-estar.

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