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Bora pro boteco? Descubra os bares tombados do Rio de Janeiro que são puro suco de Brasil

Conheça os botecos mais tradicionais do Rio de Janeiro e escolha o próximo destino do seu happy hour com os colegas

Bora pro boteco? Descubra os bares tombados do Rio de Janeiro que são puro suco de Brasil

O Bar do Adonis é um dos seletos botecos tombados do Rio de Janeiro (Créditos: Alexandre Macieira/Riotur)

Tão tradicional quanto a instituição do cafézinho, sentar com os amigos em um boteco depois do expediente é quase um patrimônio brasileiro. Belo Horizonte pode ser a capital dos botecos, mas o polo gastronômico do Rio de Janeiro não fica para trás quando o assunto é botequins cheios de história para contar com uma cervejinha gelada e comidas de boteco clássicas. Para celebrar essa parte tão importante da cultura carioca, a prefeitura da cidade passou a tombar como Patrimônio Cultural Carioca os bares, botecos e botequins mais antigos, tradicionais e com décadas de história na cidade. Descubra no TudoGostoso os bares tombados do Rio de Janeiro.

Quais são os bares tombados como Patrimônio Cultural Carioca?

Descubra mais de 20 botecos que foram tombados pela sua tradição nas ruas do Rio de Janeiro.

Adega da Velha

A origem da Adega da Velha explica o seu nome. No início, nos anos 1960, era um espaço onde uma senhora portuguesa vendia garrafas de bebidas alcoólicas. Até que nos anos 1980 um cearense chamado Francisco assumiu o espaço e transformou a adega em um boteco dos bons com cerveja e aquela comida tradicional nordestina. Desde então essa adega-que-virou-bar na tranquilidade de Botafogo serve pratos com gostinho de comida brasileira, do baião de dois à carne-seca com macaxeira (o famoso aipim).

Adega Flor de Coimbra

Seguindo as tradições das adegas portuguesas em ruas cariocas, a Adega Flor de Coimbra mantém firme as suas raízes com pratos bem portugueses. O bolinho de bacalhau deste boteco não perde para ninguém e os pratos com o peixe são superleves, grelhados no azeite até ficar irresistível. Outro prato imperdível neste pedaço de Portugal na Lapa é a sopa lisboeta. Autointitulada adega mais velha do Rio, esse boteco já viu vários nomes famosos em suas mesas ao longo dos seus mais de 70 anos de funcionamento, incluindo o pintor e artista plástico Candido Portinari.

Adega Pérola

A Adega Pérola foi fundada em 1957 em Copacabana e seus clientes são tão fiéis que até passaram de consumidores para donos. Essa história aconteceu em 2010, quando o último dos sócios faleceu. Para manter o legado desse bar tradicional, um grupo de frequentadores antigos comprou o estabelecimento e passou a tocá-lo, mas sem transformações drásticas ou mudanças no cardápio. Quem visitar a Adega Pérola continua podendo aproveitar o extenso menu de petiscos que vão das tapas espanholas ao bolinhos portugueses, muitos apresentados na famosa vitrine de pratos e quitutes para você encher a mesa com seus favoritos.

A Adega Pérola deixa amostra em uma vitrine as porções disponíveis no cardápio (Créditos: Alexandre Macieira/Riotur)

A Adega Pérola deixa amostra em uma vitrine as porções disponíveis no cardápio (Créditos: Alexandre Macieira/Riotur)

Armazém Cardosão

Em uma rua calma em Laranjeiras uma casa azul na esquina estende seus toldos para os clientes que lotam as mesas na calçada. O armazém que é bar, mercearia e roda de samba foi renovado recentemente para dar aquela repaginada com “cara de novo”, mas continua com o mesmo acolhimento de 50 anos atrás. O Armazém Cardosão é perfeito para almoços de finais de semana com feijoada, um jantar saboroso com a família ou uma diversão com a galera após o trabalho, especialmente se gostar de música. Além de apresentações fixas de samba e jazz, esse boteco está sempre pronto para rodas de samba espontâneas que surgem depois de uma cervejinha ou duas.

Armazém Senado

O centenário Armazém Senado está de portas abertas desde 1907 no centro da cidade e até quem nunca foi lá consegue achar fácil o endereço. Durante o horário de funcionamento, a esquina da rua do Senado com a avenida Gomes Freire fica tão cheia que até barraquinhas de comida de rua estacionam por perto tentando tirar uma palhinha da clientela. O Armazém Senado ainda tem o mesmo visual de um século atrás, com as prateleiras altas com garrafas e o balcão de atendimento. Do lado de dentro não tem muitas mesas e a maior é reservada para o grupo de samba da vez. Mas a graça mesmo é pedir uma bebida e um petisco e ir para a rua curtir a música e a energia que só o Armazém Senado tem.

Armazém São Thiago

Topa uma viagem no tempo? O Armazém São Thiago fica em um dos bairros mais antigos da cidade, Santa Tereza, e preserva toda a estrutura do bar que foi inaugurado em 1919. As placas, garrafas, luminárias e barris levam para o passado. A única coisa que não ficou parada no tempo é a comida. O cardápio tem os clássicos dos botecos em receitas aprimoradas e inovadoras, como a trouxinha no mar com polvo e camarão ou a cenourinha de porco, ambas servidas em bandejas de madeiras especiais para cada um.

Bar Brasil

Se o nosso país é uma mistura de culturas, dá até para entender porque um boteco chamado Bar Brasil é especialista em comida alemã. Também conhecido como “O Alemão da Lapa”, esse bar de 1907 tem um delicioso chope alemão tirado de chopeira de bronze e pratos típicos da culinária do país europeu. No cardápio você vai encontrar pratos como kassler, eisben e kalbs-hackse, que também são conhecidos como carré defumado, joelho de porco e ossobuco de vitela. Tudo muito bem servido para dividir com quem quiser.

Bar do Adonis

O Bar Velho Adonis em Benfica é conhecido por ter o melhor chopp e o melhor bolinho de bacalhau da cidade e não é a gente que está dizendo! Esses títulos vieram em 2009 e 2010 respectivamente e o bar tem até prêmio de “melhor pé-sujo” no Prêmio Rio Show de Gastronomia. O Bar do Adonis está em pleno funcionamento desde 1952 e sua comida já passou pelos melhores eventos de culinária da cidade e do país, inclusive o Rio Gastronomia.

Bar Lagoa

De domingo a domingo, do meio dia até meia noite, o restaurante e boteco Bar Lagoa está aberto para receber clientes em seu salão tradicional com letreiro neón há mais de 80 anos. Esse bar tem uma das vistas mais privilegiadas da cidade, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas e pertinho do Cristo Redentor. O restaurante tem ares sofisticados e até seus garçons mais antigos, Chico e Seu Gomes, são famosos entre os clientes pela simpatia e bom serviço. O cardápio é uma mistura da comida brasileira com a alemã e vai encontrar filé à parmegiana, arroz à piemontese, kassler com salada, para citar alguns quitutes.

O Bar Lagoa funciona como restaurante e bar na zona sul carioca (Créditos: Marina Herriges/Riotur)

O Bar Lagoa funciona como restaurante e bar na zona sul carioca (Créditos: Marina Herriges/Riotur)

Bar Urca

Na zona sul carioca, o Bar Urca é perfeito para visitar em um dia de céu azul. Apesar de ficar em uma casa discreta na Rua Cândido Gaffrée, a tradição que existe por lá desde 1939 é fazer seu pedido e aproveitar a cerveja e a comida na mureta da urca enquanto aprecia a vista do Pão de Açúcar bem ao lado da Baía de Guanabara. Quem prefere um prato mais completo pode subir até o segundo andar e aproveitar a parte do restaurante com refeições para almoço e jantar no salão que tem bastante janela para não perder a beleza do Rio de Janeiro enquanto come.

Bip Bip

Um bar com nome sonoro como esse não poderia deixar de acabar em bossa… E em samba, em choro, e o que mais a música brasileira pedir. Esse boteco de Copacabana funciona desde 1968 como nenhum outro na cidade. Com atendimento simples, é quase self-service e os clientes podem pegar a própria bebida na geladeira e sinalizar ao dono. E música boa tem todo dia às 20h. Domingo e quinta tem samba, na terça é choro e quarta rola uma bossa-nova. Pode cantar junto à vontade, mas nada de bater palmas no final, só vale estalar os dedos como ao final de uma bela poesia.

Botequim do Joia

Praticamente uma herança de família, o Botequim do Joia já teve muitos nomes em seus mais de 100 anos no centro da cidade. Hoje comandado por Dona Alayde, viúva do Seu Joia, o bar funciona de 12h às 15h30 durante a semana. Por causa disso, o boteco atende principalmente trabalhadores aproveitando o horário de almoço para comer a feijoada caseira de Dona Alayde e dos mais veteranos que querem curtir o tradicional Samba do Aposentado.

O Botequim do Joia segue na mesma família há mais de um século (Créditos: Alexandre Macieira/Riotur)

O Botequim do Joia segue na mesma família há mais de um século (Créditos: Alexandre Macieira/Riotur)

Café e Bar Lisbela (Bar da Amendoeira)

Inaugurado com o nome de Café e Bar Lisbela em 1962, hoje esse boteco tombado carioca é mais conhecido pelo nome Bar da Amendoeira. Referência entre os bares do subúrbio, ele é point em Maria da Graça e sua especialidade são os petiscos clássicos de bar feitos com muito sabor. O carro-chefe da casa é o bolinho de carne, apelidado gentilmente de “feio” por clientes que aprenderam a não julgar um livro pela capa e nem uma comida pelo seu visual. O petisco fica ainda melhor acompanhado do molho de pimenta especial da casa.

Café Lamas

Poucos restaurantes no Brasil, e talvez até no mundo, tem tanta história quanto o Café Lamas. O bar e restaurante está funcionando desde 1874 e nunca parou, nem mesmo durante as maiores crises ao longo das décadas. Originalmente localizado no Largo do Machado, ele só mudou de endereço para o Flamengo por causa das obras do metrô. A mudança carregou consigo a clientela assídua de artistas, intelectuais e políticos como Manuel Bandeira, Machado de Assis, Ruy Barbosa, Getúlio Vargas e Oswaldo Aranha. Bem perto de comemorar seus 150 anos, o Café Lamas segue a pleno vapor funcionando todos os dias desde cedo às 9h30 e fechando as portas somente depois das 2h da madrugada.

Casa da Cachaça

A Casa da Cachaça é um dos melhores destinos para quem gosta de pinga. Ela foi inaugurada em 1960 como primeira cachaçaria da cidade e apostou nessa bebida brasileira como receita para o sucesso. Os drinks feitos com o destilado no meio do bairro boêmio da Lapa rendem papos e histórias até o nascer do sol. As bebidas feitas com Gabriela, uma mistura de cachaça, cravo e canela, como o drink Jorge Amado, são umas das mais populares, bem perto da tradicional caipirinha.

Drinks com cachaça são sucesso na Lapa na Casa da Cachaça (Créditos: Alexandre Macieira/Riotur)

Drinks com cachaça são sucesso na Lapa na Casa da Cachaça (Créditos: Alexandre Macieira/Riotur)

Casa Paladino

Entrar pela primeira vez na Casa Paladino e ver as estantes lotadas de garrafas das mais variadas mostra logo de cara que fez uma boa escolha para o boteco da vez. O botequim foi fundado em 1906 no Centro e lá permanece até hoje. Um pouco bar, lanchonete e mercearia tudo junto, a bebida gelada não falta, mas são os lanches que fizeram a fama da Casa Paladino. Os omeletes são deliciosos e os sanduíches apostam na simplicidade para agradar o freguês que pode escolher até três ingredientes em cada lanche. E ainda dá para sair de lá com conservas, manteigas ou vinhos a venda na loja.

Cervantes

O Cervantes é um bar e restaurante tombado pelas mais de cinco décadas de funcionamento, mas que fez o que poucos dos estabelecimentos mais tradicionais fazem: se expandiu. Inaugurado em 1955, hoje o Cervantes tem duas casas, uma em Copacabana e outra na Barra da Tijuca. A especialidade da casa desde sempre são os sanduíches, muito bem servidos com ingredientes de qualidade e um sabor que só o Cervantes tem. Para descer esse lanche de peso, não pode faltar a cerveja gelada.

Cosmopolita

O Cosmopolita guarda a sua história nas suas paredes. Além da decoração clássica que remete o início do bar e restaurante em 1926, esse quase centenário exibe com orgulho a placa de patrimônio cultural e os vários quadros de premiação do Guia do Rio ao longo do século. Durante esse tempo, o Cosmopolita também já viu passar por suas portas desde boêmios até senadores em uma época antes da construção de Brasília. E até um pouco da história da gastronomia brasileira surgiu ali. Foi no Cosmopolita que Oswaldo Aranha, diplomata da Era Vargas e cliente do restaurante, criou o prato de filé com alho, arroz, farofa e batata portuguesa que hoje ganhou seu nome, o filé Oswaldo Aranha.

O Cosmopolita coleciona prêmios e indicações como um dos melhores bares e restaurantes do Rio (Créditos: Alexandre Macieira/Riotur)

O Cosmopolita coleciona prêmios e indicações como um dos melhores bares e restaurantes do Rio (Créditos: Alexandre Macieira/Riotur)

Jobi

O Jobi é um bar que trabalha desde 1956 sem perder a essência da boemia carioca. Para garantir que qualquer reforma seja feita conforme os padrões dos fregueses mais assíduos, foi um deles que assinou as últimas restaurações do local. Descendo o baixo Leblon você encontra o boteco com letreiro vermelho tão chamativo quanto o cheiro de comida boa de seus pratos e petiscos. Aberto das 11h até às 4h e pertinho da praia do Leblon, um bom passeio é almoçar no Jobi, dar um pulinho na praia e na volta tomar uma saideira com o pôr do sol.

Nova Capela

“Todo dia é dia de comer, beber e rezar” – o lema de um boteco chamado Nova Capela e instalado no meio da Lapa há mais de um século não poderia ser outro. O bar e restaurante com ares de tradicional tem alguns pratos pouco tradicionais que tornam o local único. O cabrito assado acompanhado de arroz de brócolis é especialidade da casa, mas outras delícias do estabelecimento são javali assado e leitão à moda da casa.

Pavão Azul

Cariocas e turistas que vão passar o dia na praia de Copacabana e gostam de comer nos arredores antes (ou depois) de correr para a areia precisam fazer uma parada no Pavão Azul, a duas quadras de lá. Aberto do meio-dia à meia noite, no almoço os destaques são risoto de camarão, feijoada, rabada com agrião, filé de peixe e frango assado. Algumas horas depois os pratos que mais saem mudam para petiscos que acompanha o chope como hambúrgueres tradicionais, frango à passarinho, carne-seca com aipim frito e pastéis.

Salete

Nas redondezas do Maracanã, o Salete é point especialmente em dias de jogo de futebol. O local foi inaugurado pelo saudoso espanhol Manolo em 1957 e hoje é um grupo de mulheres que tocam o negócio que agora tem até um painel em homenagem ao adorado fundador do Salete. Uma visita a esse boteco não está completa até provar uma das suas famosas empadas de frango, palmito ou camarão. No cardápio ainda tem muitas opções com frutos do mar, especialmente o risoto de camarão, e pratos de carne como bife à parmegiana e o filé mignon ao molho madeira.

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