
Comer 12 ovos por semana faz mal à saúde? Ciência desvenda essa dúvida comum na alimentação (Foto: Shutterstock)
Quando o assunto é colesterol alto, os ovos por vezes aparecem entre os alimentos com uma má reputação. Por muito tempo, os médicos alertaram que a ingestão excessiva de ovos pode ter um impacto negativo sobre a saúde do coração, mas as pesquisas mais recentes têm mostrado o contrário.
Diferentes pesquisas já haviam indicado que o consumo de até sete ovos por semana não está associado a doenças cardíacas em pessoas saudáveis. Agora, entretanto, um estudo a ser apresentado em conferência do American College of Cardiology, em Atlanta, destaca que os ovos - especificamente, ovos fortificados de galinhas alimentadas com ração enriquecida com nutrientes - podem não ser prejudiciais.
"Queríamos acrescentar algumas evidências sólidas sobre os efeitos dos ovos fortificados, especialmente porque os ovos comuns têm sido objeto de investigação há muitos anos", diz Nina Nouhravesh, médica, autora do estudo e pesquisadora do Duke Clinical Research Institute ao portal “Everyday Health”.
Ela observou que os ovos fortificados podem ser mais saudáveis do que os ovos comuns porque oferecem quantidades extras de vitaminas D, B e E, ácidos graxos ômega e iodo, além de menos gordura saturada.
Estudo incluiu pessoas com ou em risco de doença cardíaca
A Dra. Nouhravesh e sua equipe acompanharam 140 adultos, todos com 50 anos ou mais (idade média de 66 anos), que haviam tido pelo menos um evento cardíaco no passado, como ataque cardíaco, ou que apresentavam fatores de risco para doenças cardiovasculares, como pressão alta, colesterol alto, índice de massa corporal (IMC) elevado ou diabetes.
Durante quatro meses, metade dos participantes foi orientada a consumir 12 ovos fortificados por semana, enquanto a outra metade inseriu apenas até dois ovos (fortificados ou não). Os ovos fortificados são provenientes de galinhas que receberam uma ração especial rica em vitaminas e minerais. No final do período de estudo, os pesquisadores descobriram que as diferenças entre os dois grupos nos níveis de HDL, o "bom" colesterol, e LDL, o "mau" colesterol, não eram estatisticamente significativas.
Os pesquisadores observaram que os participantes do grupo do ovo fortificado, na verdade, tinham níveis ligeiramente mais baixos de HDL e LDL: 0,64 miligramas por decilitro (mg/dL) em HDL e 3,14 mg/dL em LDL.Ou seja: nada de tirar ovos da dieta!
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