
Alguns sinais podem indicar quantidades elevadas de glicose no sangue (Foto: Shutterstock)
O diabetes é uma doença crônica que costuma ser silenciosa. No Brasil, a estimativa é de que cerca de 20 milhões de pessoas convivam com a doença.
De acordo com a endocrinologista Andressa Miguel Leitão, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes - regional Paraná, no estágio inicial, muitos pacientes são assintomáticos, por isso muitas vezes é difícil detectar precocemente.
"Muitas vezes, os sintomas mais evidentes, como sede intensa, cansaço e aumento da frequência urinária, aparecem apenas quando a glicose ultrapassa 180 mg/dL", explica a médica.
"Já os níveis de glicose acima de 126 mg/dL em jejum são diagnósticos de diabetes, exigindo tratamento e monitoramento constantes", alerta.
Hábitos de vida podem causar diabetes tipo 2, diz especialista
Por mais que seja uma doença silenciosa, a diabetes pode dar alguns sinais de que há algo de errado com o seu corpo, especialmente durante a noite.
"Quando sintomáticos, apresentam muita urina, inclusive acordando várias vezes à noite para urinar, muita sede, aumento do apetite, cansaço e dores no corpo", lista ela.
Karime H. Sleiman, farmacêutica da plataforma Consulta Remédios (CR), ressalta a importância de se falar sobre a doença para esclarecer os cuidados necessários e os riscos.
"A diabetes é uma doença em sua maioria silenciosa e que pode levar a complicações graves. É importante confiar em profissionais de saúde. Hoje, com a internet, não há um filtro da informação e isso é bem perigoso", alerta.
A especialista acrescenta que a pessoa com a diabetes tipo 1 pode nascer com a doença, já no caso do tipo 2 pode, ela pode ser desenvolvida.
"Através de consequência de hábitos da vida, como uma alimentação inadequada, falta de atividade física, sobrepeso e hipertensão", explica.
Quais são os sintomas noturnos da diabetes
A farmacêutica alerta sobre alguns sintomas que podem indicar sinais da doença, como urinar com mais frequência durante a noite, a sensação intensa fadiga, sede, boca seca, câimbras, visão embaçada e perda de peso repentina.
"Caso sinta qualquer um dos sintomas, é preciso consultar um médico. Quando se trata de sintomas, o ideal é ter um diagnóstico e um tratamento adequado, baseado em fatos científicos", alerta.
- Sede excessiva: o aumento da sede costuma ser consequência do aumento dos níveis de glicose no sangue, fazendo com que os rins trabalhem mais para eliminar o excesso de açúcar. Este processo leva à "desidratação";
- Vontade de urinar frequente: com a glicose elevada, o corpo produz mais urina para eliminar o excesso de açúcar;
- Fadiga e incômodos: quando a pessoa tem altos níveis de glicose no sangue, costuma sofrer alguns incômodos físicos, desde dores nas pernas a cãibras ou formigamento. Esses desconfortos dificultam o sono. E o hábito de levantar com frequência para urinar, gera noites mal-dormidas e cansaço persistente;
- Sudorese noturna: pessoas com diabetes podem ter hipoglicemia durante a noite e por este motivo sofrer com suores intensos, incluindo possíveis tremores e palpitações;
- Formigamento ou dormência: a glicose alta também pode causar neuropatia diabética, causando formigamento ou dormência nas pernas e nos pés muitas vezes com o corpo está em repouso;
- Fome noturna: devido à hipoglicemia, as pessoas podem sentir mais fome à noite em decorrência da queda drástica dos níveis de açúcar, fazendo o corpo a buscar fontes rápidas de energia.
Como é possível detectar o diabetes
De acordo com a endocrinologista Andressa Miguel Leitão, um caminho para detectar o diabetes é realizando exames de rastreamento em pessoas acima de 35 anos ou em jovens com fatores de risco, como histórico familiar, obesidade e hipertensão.
O diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida, como alimentação balanceada e prática de exercícios, podem retardar o avanço da doença e prevenir complicações graves, já que não há cura.
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