Fruta rica em antioxidantes melhora funções cognitivas e reduz risco de demência. (créditos: Shutterstock)
Não é nenhum segredo que as frutas são essenciais para uma alimentação saudável. Além de serem deliciosas, elas são muito nutritivas e oferecem inúmeros benefícios ao organismo. Recentemente, um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, descobriu que o consumo diário de uma fruta muito popular pode ajudar a reduzir o risco de demência em populações de meia-idade. O resultado da pesquisa foi publicado na revista científica Nutrients e é uma extensão de um trabalho anterior sobre os efeitos positivos dos alimentos na saúde cognitiva.
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Fruta rica em antioxidantes reduz o risco de demência na velhice
Segundo o estudo, o consumo diário de morangos pode diminuir as chances de se desenvolver demência na velhice. O principal motivo está na grande quantidade de antocianinas da fruta, um tipo de antioxidante que está presente nas frutas vermelhas, roxas e azuis. De acordo com os pesquisadores, essas substâncias oferecem uma série de benefícios à saúde, como melhoras metabólicas e cognitivas.
Para chegar a esse resultado, os cientistas avaliaram um total de 30 pacientes com idades entre 50 e 65 anos, com excesso de peso e queixas de declínio cognitivo leve. Durante 12 semanas, metade dos voluntários recebeu suplementos em pó que continham o equivalente a uma xícara de morangos inteiros, enquanto a outra metade recebeu um placebo. O grupo do placebo também foi orientado a não consumir nenhuma fruta vermelha in natura para não influenciar o resultado do estudo.
Ao longo das 12 semanas, os participantes realizaram diversos testes para medir suas habilidades cognitivas, como memória de longo prazo. Os pesquisadores também acompanharam o humor dos voluntários e os dados metabólicos antes e depois do consumo do suplemento. Ao final, eles observaram que aqueles que receberam o suplemento à base de morangos apresentaram uma melhoria significativa na memória e menos sintomas depressivos.
Segundo o professor da Universidade de Cincinnati, Robert Krikorian, ainda são necessárias mais pesquisas. No entanto, a pesquisa defende que as propriedades do morango ajudam a reduzir inflamações no cérebro que podem levar ao declínio cognitivo na meia-idade. “Pode-se considerar que nossa amostra de meia-idade com sobrepeso e pré-diabética apresentava níveis mais elevados de inflamação que contribuíram para, pelo menos, um comprometimento leve das habilidades executivas. Consequentemente, os efeitos benéficos que observamos podem estar relacionados à moderação da inflamação no grupo (que consumiu) morango”, pontuou Krikorian.
Como a alimentação pode ajudar na saúde cognitiva
Os alimentos que consumimos influenciam a nossa saúde cognitiva de diversas maneiras. Alimentos ricos em antioxidantes estão entre os mais benéficos para o cérebro, pois eles combatem as inflamações do corpo e ainda protegem os neurônios dos danos causados pelos radicais livres. Outros nutrientes essenciais para a atividade cerebral são as vitaminas A, C, E e do complexo B, além de minerais como zinco, ferro, cobre e magnésio.
As proteínas também são muito importantes para as funções cognitivas. Elas participam ativamente na transmissão de impulsos nervosos e na produção de neurotransmissores, responsáveis por passar as informações de um neurônio para outro. Uma dieta com pouca ingestão de proteína pode causar problemas relacionados a perda de memória e dificuldade de manter o foco e raciocínio.
Outro nutriente de extrema importância para o cérebro é o ômega 3. Esse ácido graxo protege as células nervosas e reduz o acúmulo de proteínas beta-amiloide, associada ao aumento dos riscos de Alzheimer e declínio cognitivo. Assim como os antioxidantes, o ômega 3 também tem ação anti-inflamatória e protege os neurônios dos radicais livres.
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