Um dos primeiros sinais de que o alimento está estragado é a mudança no cheiro. Por isso é tão comum que a gente tenha o hábito de cheirar uma comida que já está há muito tempo na geladeira para saber se ainda está boa, por exemplo. O problema é que, muitas vezes, a gente não sente diferença no odor!
É com esse pensamento que pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, do Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) da Unesp, em Rio Claro, inventaram um processo que funciona como um “nariz” artificial, no qual um pequeno botãozinho de biofilme de amido muda de cor quando o alimento começa a se deteriorar e exalar um cheiro específico. Segundo o professor João Flávio Petruci, um dos autores principais da pesquisa, esse tipo de tecnologia é possível de ser usado para averiguar o amadurecimento de frutas também.
Como funcionam os “narizes” artificiais?
Primeiro, o alimento é embalado, e os “narizes” (botões de biofilme de amido) são posicionados na parte superior do produto. Quando determinados gases começam a ser liberados na embalagem, como compostos de enxofre e nitrogênio, o botão de biofilme capta essa mudança e troca a cor para indicar apodrecimento.
Sem dúvidas, sensores do tipo trarão mais segurança alimentar na hora do consumidor adquirir o produto, já que as pessoas terão certeza de que um alimento está ou não próprio para consumo através de um método científico, o que poderá diminuir o número de casos de contaminação alimentar. Além disso, a tecnologia será capaz de evitar o desperdício porque informa em tempo real qual é o estado de conservação daquele alimento.
O cheiro ruim da comida é um dos primeiros sinais que mostram que há microrganismos ali, e, na maioria das vezes, eles podem causar problemas de saúde se entrarem em contato com o corpo humano. Comidas secas tendem a durar mais, já que as bactérias e outros micróbios se reproduzem com mais facilidade em meio aquoso. É por isso que você deve ficar atento à data de validade, odor, cor e mudança de textura em produtos como queijo fresco e carnes cruas. Em caso de dúvida, não hesite: jogue fora. É melhor prevenir do que remediar!
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