A comida japonesa tem se tornado uma queridinha entre os brasileiros, ainda ganhando da comida coreana como a mais popular no país. Contudo, uma coisa que poucas pessoas sabem são os benefícios de seguir essa dieta tradicional. Um novo estudo realizado por cientistas do Centro Nacional de Geriatria e Gerontologia do Japão mostrou que a comida japonesa previne demências e outras doenças cerebrais.
Comida japonesa diminui o envelhecimento precoce e os riscos de demência
A pesquisa foi publicada no Nutrition Journal em 12 de março explicando que uma dieta como a tradicional japonesa reduz os riscos de envelhecimento precoce e demência.
A dieta tradicional japonesa tem como base os seguintes alimentos:
- Peixes
- Mariscos
- Soja
- Arroz
- Chá verde
- Frutas cítricas
- Cogumelos
- Algas marinhas
- Picles
Todos esses alimentos são ricos em vitaminas e minerais essenciais para o funcionamento do corpo humano, além de polifenóis, fitoquímicos e gorduras boas que atuam diminuindo inflamações.
A pesquisa foi realizada com 1.636 pessoas com idades entre 40 e 89 anos durante dois anos. Esses indivíduos foram divididos em três grupos:
- o primeiro seguiu a dieta tradicional japonesa
- o segundo seguiu uma dieta tradicional ocidental rica em carboidratos refinados e gorduras como carne vermelha, além de bebidas alcoólicas e refrigerantes
- o terceiro seguiu uma dieta baseada em vegetais.
Todos os participantes do experimento realizaram dois exames de ressonância magnética. Foi através deles que os cientistas puderam perceber a perda de tecido cerebral ao longo dos dois anos. Isso se chama atrofia cerebral e é um marcador de demência.
Vale destacar que a atrofia cerebral é um processo natural do corpo que começa a acontecer a partir dos 25 anos, em que o cérebro encolhe lentamente. Contudo, a velocidade com que isso acontece pode indicar diversas doenças, como é o caso de demência.
O resultado da pesquisa mostrou que os indivíduos que seguiram a dieta japonesa tiveram uma taxa de atrofia cerebral menor quando comparados com aqueles que seguiram a dieta ocidental.
Contudo, o estudo também notou que, ao final, a diferença entre os homens foi imperceptível. Isso aconteceu porque é mais comum que eles “saiam” da dieta tradicional japonesa do que as mulheres, resultando no consumo de macarrão e saquê.
De toda forma, os pesquisadores finalizam o artigo explicando que acrescentar alguns dos alimentos base da dieta japonesa como peixes, frutos do mar, soja, missô, algas marinhas e cogumelo shitake pode contribuir para a saúde de forma geral.
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