
Veja como é composto esse ingrediente usado em receitas (Crédito: Shutterstock)
A margarina, presente em muitas cozinhas e amplamente utilizada em receitas e no pão, é alvo de controvérsias quando o assunto é saúde. Embora pareça uma alternativa prática e econômica à manteiga, sua composição desperta preocupações.
Cerca de 80% da margarina é formada por gordura vegetal hidrogenada, um componente que, além de ser prejudicial à saúde, tem semelhanças químicas e estruturais com substâncias como o plástico e a parafina usada em pranchas de surfe.
Como a margarina é produzida?
A margarina é feita a partir de óleos vegetais líquidos, que passam pelo processo de hidrogenação. Nesse processo, o óleo é tratado com hidrogênio em alta temperatura e pressão, transformando-o em uma gordura sólida ou semissólida.
Isso confere a textura espalhável característica, mas também cria gorduras trans, que são altamente prejudiciais à saúde. Esse processo químico é semelhante ao utilizado na fabricação de plásticos, o que explica as comparações alarmantes.
Além disso, a margarina contém emulsificantes, corantes e conservantes que garantem sua aparência atraente e longa validade, mas que podem impactar negativamente a saúde quando consumidos em excesso.
Por que a margarina é prejudicial à saúde?
A principal preocupação com a margarina é a presença de gorduras trans, que estão diretamente associadas ao aumento do risco de doenças cardiovasculares. Essas gorduras contribuem para o acúmulo de placas nas artérias, conhecidas como ateromas, aumentando as chances de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Estudos indicam que mais de 70% da composição das placas de gordura nas artérias é formada por gordura vegetal. Isso ocorre porque a gordura hidrogenada altera o equilíbrio do colesterol no corpo, aumentando o LDL (colesterol ruim) e diminuindo o HDL (colesterol bom). Esse desequilíbrio é um dos principais fatores para o desenvolvimento de problemas cardíacos.
O papel do colesterol na saúde
Embora o colesterol seja muitas vezes considerado um vilão, ele é essencial para o corpo. É responsável pela produção de hormônios, vitamina D e pela formação de membranas celulares. No entanto, o consumo excessivo de gorduras trans, como as presentes na margarina, interfere no metabolismo do colesterol, elevando os riscos de doenças.
Manter níveis adequados de colesterol total – idealmente em torno de 190 mg/dL – é crucial. Dietas ricas em gorduras saudáveis, como azeite de oliva, nozes e peixes, ajudam a equilibrar o colesterol e proteger o coração.
Alternativas mais saudáveis à margarina
Para aqueles que desejam substituir a margarina na dieta, existem opções naturais e mais nutritivas. Algumas alternativas incluem:
- Manteiga ghee: produzida através da clarificação da manteiga, é rica em ácidos graxos benéficos e livre de lactose
- Azeite de oliva: fonte de gorduras monoinsaturadas e antioxidantes, contribui para a saúde cardiovascular
- Óleo de coco: contém triglicerídeos de cadeia média, que são rapidamente metabolizados pelo corpo e oferecem energia
- Abacate: uma alternativa natural, rica em gorduras saudáveis e ideal para substituir a margarina em diversas receitas
Pesquisas científicas confirmam que a margarina, especialmente as que contêm gorduras trans, é um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares. Dietas que favorecem gorduras saudáveis, por outro lado, promovem benefícios que vão desde a redução do colesterol ruim até a melhora na saúde do coração e no controle de peso.
Seja no pão ou em receitas, a substituição da margarina por opções mais nutritivas é um passo simples, mas poderoso, para uma vida mais saudável.
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