Você já teve um dia muito estressado e tudo que você queria era comer uma besteirinha? Um docinho, talvez? Esse fenômeno é bastante comum e acontece diariamente com todas as pessoas: em momentos de alto impacto emocional, as pessoas tendem a procurar por alimentos mais calóricos. No entanto, quanto mais você come, mais você quer comer, já notou? Pois bem, saiba que isso tem explicação científica e não é coisa da sua cabeça. Quer dizer…
Um estudo realizado por cientistas australianos na divisão de Neurociências do Instituto de Pesquisa Médica Garvan revelou algo inédito: a combinação de altos níveis de estresse com uma dieta supercalórica faz com que as pessoas não se sintam satisfeitas. Ou seja, o cérebro não reconhece quando você já comeu o suficiente. Parece confuso? Calma que o TudoGostoso vai explicar direitinho para você!
Novo estudo explica por que as pessoas sentem vontade de comer doces e outras besteiras quando estão estressadas
O estudo feito na Austrália investiga a maneira como o cérebro responde aos estímulos de estresse e estresse crônico aliado a diferentes tipos de dietas. Camundongos foram usados no experimento e, quando os pesquisadores alimentaram os bichos estressados com comidas supercalóricas, ocorreram alterações em uma região cerebral chamada habenula lateral.
A habenula lateral é a parte do cérebro responsável por inibir o centro de recompensa para estímulos. Por conta disso, ela impede que as pessoas consumam mais do que o necessário, enviando a resposta de que o corpo está satisfeito. Ao ser ativada, a comida deixa de causar tanto prazer e isso faz com que os indivíduos percam o interesse, mesmo naqueles alimentos mais gostosos.
O problema é que, quando os camundongos estavam estressados cronicamente, essa parte não era ativada, explica o autor do estudo, Kenny Chi Kin Ip: “Essa parte do cérebro permanecia silenciosa, permitindo que os sinais de recompensa ficassem ativos e estimulassem a alimentação por prazer, não respondendo mais aos sinais reguladores de saciedade”.
Como a regulação do senso de prazer estava “dando defeito”, os bichos continuavam comendo sempre mais, sem nunca se sentir saciado.
A pesquisa comparou camundongos estressados alimentados com dietas calóricas com camundongos estressados alimentados com comidas mais saudáveis. O primeiro grupo ganhou o dobro do peso que o segundo grupo, por conta dessa alteração cerebral.
Dessa forma, os cientistas contam que as descobertas mostraram que o estresse afeta diretamente os hábitos alimentares, já que ele interfere na habilidade natural do órgão de equilibrar as energias. Os pesquisadores explicam que tudo isso é um lembrete de que as pessoas devem evitar uma vida estressante, principalmente a longo prazo. Mas como é praticamente impossível prever a vida, eles aconselham a manter uma alimentação saudável e balanceada diariamente e segui-la mesmo nos momentos de maior estresse.
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