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Por que ficamos mais doentes no inverno: a explicação está em como o ar gelado muda o nosso corpo
Clarice MunizPor  Clarice Muniz  | Redatora

Sou jornalista e assessora de imprensa especializada em conteúdos de saúde e bem-estar. Adepta da comida de verdade, costumo preparar as minhas refeições diariamente, seguindo as recomendações de cuidados e saúde de especialistas. Sou fã de pimenta. Se você não curte comida picante, não se arrisque em tirar uma provinha da minha panela.

Descubra como o ar gelado impacta o sistema respiratório e por que ele facilita infecções como gripe, resfriado e sinusite


 

Por que ficamos mais doentes no inverno: a explicação está em como o ar gelado muda o nosso corpo

Entenda como o ar frio afeta o corpo e aumenta o risco de infecções respiratórias

Com a chegada das frentes frias em diversas regiões do Brasil, cresce também a preocupação com a saúde respiratória.
E não é apenas impressão. O frio, apesar de não ser o causador direto de gripes ou resfriados, cria um ambiente perfeito para a proliferação de vírus e bactérias. E a alimentação pode ajudar a fortalecer a imunidade.
Mas o que exatamente muda no corpo quando respiramos ar gelado? E por que isso nos torna mais vulneráveis a doenças?
Frio não causa gripe, mas abre caminho para ela
É importante desmistificar que o frio causa infecções virais, conforma . Os verdadeiros vilões são os vírus, como o influenza e o rinovírus, além de algumas bactérias oportunistas.
No entanto, o ar frio interfere diretamente nos mecanismos naturais de defesa do corpo. Conforme explicam pneumologistas ao G1, a exposição ao ar gelado resseca o muco que reveste nossas vias respiratórias, nariz, garganta e pulmões.
Esse muco atua como uma "barreira protetora", prendendo agentes patogênicos antes que eles cheguem aos pulmões. Quando ele seca, essa proteção enfraquece.
Além disso, o frio desacelera o funcionamento dos cílios nasais, pequenas estruturas responsáveis por empurrar impurezas e secreções para fora.
O resultado é um sistema de limpeza comprometido, que facilita a entrada e a permanência de vírus e bactérias.
Pessoas com doenças respiratórias sofrem mais no frio
Quem convive com asma, rinite, sinusite ou bronquite precisa redobrar os cuidados nos dias frios.
O ar gelado provoca a contração dos brônquios, dificultando a passagem de ar e agravando sintomas como falta de ar, chiado no peito e tosse.
Para essas pessoas, o frio funciona como um gatilho. Mesmo uma leve queda na temperatura pode desencadear crises respiratórias ou aumentar a inflamação das vias aéreas.
Ambientes fechados são vilões silenciosos no inverno
Durante os dias frios, é comum manter janelas e portas fechadas para preservar o calor. No entanto, essa prática reduz a circulação do ar e favorece o acúmulo de vírus no ambiente.
Vírus como o da gripe (influenza), o VSR (vírus sincicial respiratório) e o rinovírus se espalham facilmente em locais fechados, principalmente quando alguém tosse, espirra ou até mesmo fala.
Sem ventilação adequada, o risco de transmissão aumenta consideravelmente.
Como se proteger do impacto do ar frio
Embora seja impossível controlar o clima, algumas atitudes simples podem ajudar a proteger o sistema respiratório:
1. Mantenha o corpo e o nariz hidratados
Beba bastante água ao longo do dia e faça lavagens nasais com soro fisiológico. Isso ajuda a manter o muco nasal funcional e a preservar suas propriedades de defesa.
2. Use máscara ou cachecol ao sair
Cobrir nariz e boca com uma máscara ou um cachecol ajuda a aumentar a temperatura do ar inalado, evitando o ressecamento das vias aéreas.
3. Mantenha os ambientes ventilados
Mesmo em dias frios, abra as janelas por alguns minutos todos os dias para renovar o ar e reduzir a carga viral nos ambientes fechados.
4. Vacine-se contra a gripe
A vacinação é essencial, especialmente para pessoas de grupos de risco. A vacina não impede a infecção, mas reduz significativamente a gravidade dos sintomas e o risco de complicações.
5. Higienize bem as mãos
Lavar as mãos frequentemente e usar álcool em gel evita o contato com superfícies contaminadas, uma das principais formas de transmissão dos vírus respiratórios.
A gripe em números: uma ameaça global
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), cerca de 500 milhões de pessoas contraem o vírus da gripe todos os anos. Destas, entre 290 mil e 650 mil não resistem às complicações.
Os sintomas mais comuns incluem:
  • Febre alta
  • Dores no corpo e na cabeça
  • Calafrios
  • Tosse intensa
  • Congestão nasal
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