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Marcas de café que foram proibidas no Brasil por excesso de impurezas poderão ser vendidas em 2025?

Saiba quais marcas precisam reavaliar seus produtos antes de voltarem às prateleiras

Marcas de café que foram proibidas no Brasil por excesso de impurezas poderão ser vendidas em 2025?

Algumas marcas de café não passaram no teste de pureza em 2024 (Crédito: Shutterstock)

Em 2024, mais de dez marcas de café foram proibidas no Brasil após serem reprovadas nas rigorosas fiscalizações realizadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O motivo para essas proibições foi o descumprimento de padrões de qualidade, incluindo o excesso de impurezas e matérias estranhas, comprometendo a segurança e a saúde dos consumidores. As empresas responsáveis pelos produtos não podem comercializá-los até que todas as exigências legais sejam atendidas e confirmadas pelas autoridades competentes.

O que levou à proibição de algumas marcas de café?

As causas mais comuns para a proibição dos cafés incluem a presença de impurezas além do limite permitido, que é de 1%. As impurezas podem ser compostas por matérias estranhas, como grãos de outras espécies vegetais, areia, pedras ou até mesmo fezes. Além disso, substâncias como corantes, açúcar e borra de café também são passíveis de reprovação, pois comprometem a qualidade do produto.

Outro fator que leva à desclassificação do café é a presença de contaminantes, como micotoxinas e agentes tóxicos, que podem representar sérios riscos à saúde. A deterioração do produto, decorrente de má conservação, também é um motivo para a proibição. Mofo, insetos e odores indesejados resultantes de uma má conservação do café também são considerados infrações graves.

Como funciona a fiscalização do café no Brasil?

A fiscalização do café é realizada por laboratórios credenciados, que analisam amostras de café para verificar se há presença de substâncias nocivas ou impurezas que excedem os limites legais. O Ministério da Agricultura, por meio do Mapa, realiza inspeções regulares para garantir que os produtos comercializados no país atendam aos requisitos de qualidade e segurança.

Os testes incluem, além da verificação de impurezas, a análise de outros fatores, como a presença de micotoxinas, um tipo de contaminação biológica que pode ser altamente tóxica, e a verificação de condições de armazenamento do café. Quando um lote de café é reprovado, a marca envolvida tem que corrigir os problemas apontados e submeter novos lotes a testes para voltar a ser autorizada a comercializar seus produtos.

Marcas proibidas e o impacto no mercado

Entre as marcas que tiveram seus produtos retirados do mercado estão: Café Do Norte, Café Do Povo, Sultão, Mila, Quitada, Serrano, Lagobom, Cafe Dito, Panaense, Made In Brasil, Castro, Meu Café, Corrego De Ouro, Sansão, Bule Nobre, Café De Minas, Ouro Minas, Aroma Premium, Casão e Aladdin.

O impacto dessa proibição é significativo, especialmente considerando a importância do café na economia brasileira. Essas marcas, que fazem parte do mercado de café popular, têm uma base de consumidores fiel. A proibição não só afeta as empresas, mas também os consumidores que, eventualmente, adquiriram esses produtos e os colocaram em risco de consumo inadequado.

O que precisa ser feito para que as marcas retornem ao mercado?

Marcas que foram proibidas podem, sim, voltar a vender seus produtos, desde que corrijam as irregularidades apontadas nas análises. O processo inclui melhorias nos processos de fabricação e controle de qualidade, além de aperfeiçoamento nas condições de armazenagem e no cumprimento das normas de segurança alimentar.

Além disso, é necessário que essas marcas submetam novos lotes a testes realizados por laboratórios credenciados. Somente após a aprovação dos novos lotes e a regularização da documentação, incluindo os rótulos dos produtos, é que a marca pode retomar a comercialização. Caso as irregularidades se repitam em futuras inspeções, as penalidades podem ser mais severas, incluindo multas pesadas e até a suspensão definitiva das atividades.

Assim, o retorno das marcas de café proibidas dependerá da sua capacidade de atender às exigências legais e de demonstrar que tomaram as medidas necessárias para garantir a qualidade do produto. Com a intensificação da fiscalização e o aumento da conscientização dos consumidores, espera-se que as marcas proibidas possam se regularizar e voltar ao mercado em 2025, sempre com a garantia de que os produtos atendem aos mais altos padrões de segurança alimentar.

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