A gente sabe - e você também - que essa semana estreou o filme da Barbie. No meio de tanta euforia, vários fãs e admiradores da boneca, chegamos ao momento de ver um mundo rosa se construindo. As pessoas, animadas com todo esse momento, só querem saber dessa cor. Seja nas roupas, no cabelo, na make e nas unhas, hoje (e por um tempo) vamos ver essa enxurrada de cor de rosa. E é claro que isso também afetou o mundo da culinária, várias pessoas estão fazendo e procurando receitas da cor rosa. Tanto de produtos prontos, como de alimentos in natura, o mundo da Barbie está invadindo as cozinhas e os pratos de todo mundo. Mas será que é fácil assim só sair colocando corante nos alimentos e pronto? O TudoGostoso te explica o que rolou nessa última semana, quando o rosa chegou na cozinha.
Acarajé cor de rosa?
Nas últimas semanas, afetados por essa animação com o filme da Barbie, muitos restaurantes, vendedores de comida, chefs e cozinheiros no geral estão preparando receitas e explicando como fazer pratos cor de rosa. Sejam feitos de modo natural, com ingredientes in natura, ou com corante, esses pratos estão se multiplicando e cada dia surgindo de diferentes formas.
E isso também acabou chegando em um estabelecimento que vende acarajé na Bahia, que essa semana começou a preparar e vender o acarajé rosa da Barbie. O acarajé é feito com um bolinho de feijão frito, e é nessa massa que a cor entra. Esse feito causou a irritação da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM) e a gente te explica como e porque.
O que as baianas e as cozinheiras que são contra alegam é que o acarajé tem uma importância histórica e cultural no seu preparo, e mudar isso é interferir na tradição e desrespeitar o que vem sendo feito durante anos. O acarajé é uma receita que foi criada e vendida pelas baianas no período colonial. Tanto o seu preparo, como de outros pratos que o acompanham ou que derivam dessa época, carregam uma parte da cultura afro-brasileira. Tamanha sua importância que o bolinho frito, é considerado um patrimônio cultural imaterial, assim como o trabalho das baianas.
Por isso, de acordo com as baianas e muitas cozinheiras, mesmo com a animação do filme, vale entender a receita e sua origem e respeitar seus preparos. O acarajé faz parte da nossa cultura e mudar seus ingredientes ou modo de fazer pode ser desrespeitoso, além de apagar uma parte rica da história do nosso povo.
Mais problemas com a comida rosa
Outro fato que chamou a atenção durante esses preparos de comidas rosa que vem surgindo, é o pedido de muitas pessoas na internet para chefs e cozinheiros ensinarem receitas fáceis para serem feitas em casa. E isso também aconteceu com a Isa Scherer, campeã do Masterchef.
Em seus stories no instagram ela revelou que vem recebendo muitos pedidos para que faça receitas cor de rosa e ensine como preparar pratos da Barbie. Mas a campeã da 8ª edição do Masterchef Brasil, acabou revelando que não gosta de comida rosa, que acha feio.
"Uma coisa que eu não consigo é com comida rosa. Vocês não vão me ver fazendo, desculpa por tudo, por ser assim. Mas eu acho muito feio, não me dá vontade de comer. No máximo uma sobremesa com um morango, framboesa", disse ela no vídeo que postou nos stories do seu Instagram.