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Afinal, o que a ciência diz sobre a formação da acrilamida e seus riscos pra saúde na airfryer
Clarice MunizPor  Clarice Muniz  | Redatora

Sou jornalista e assessora de imprensa especializada em conteúdos de saúde e bem-estar. Adepta da comida de verdade, costumo preparar as minhas refeições diariamente, seguindo as recomendações de cuidados e saúde de especialistas. Sou fã de pimenta. Se você não curte comida picante, não se arrisque em tirar uma provinha da minha panela.

Cientista explica se os alimentos preparados na panela a partir de uma determinada temperatura realmente podem causar câncer 

Afinal, o que a ciência diz sobre a formação da acrilamida e seus riscos pra saúde na airfryer

Muitos especialistas condenam o efeito dourado e quase queimado dos alimentos feitos na airfryer (Foto: Shutterstock)

O preparo de alimentos na airfryer realmente pode causar risco de câncer? Isso é o que muitos especialistas em saúde sugerem ao alertar sobre o uso incorreto da fritadeira de ar. E uma das principais alegações contra a panela é o aumento da acrilamida nos alimentos, decorrente do efeito Maillard.

Essa mobilização surge no momento em que a airfryer já se tornou um dos eletrodomésticos mais populares hoje em dia. Não é de se surpreender esse tipo de alerta gere um certo pânico entre os usuários do equipamento. Mas será que isso é realmente um problema para a saúde?

Afinal, a airfryer representa perigo para a saúde?

Para entender o que realmente acontece à saúde devido ao aumento do consumo da acrilamida por causa da airfryer, a cientista Laura Marise (@nuncavi1cientista) explica.

A acrilamida é uma substância formada quando alimentos ricos em açúcares e no aminoácido asparagina são cozidos a temperaturas acima de 100ºC. Isso inclui batatas, cereais e até café.

E a airfryer não é a única responsável por isso. Qualquer método de cozimento que envolva altas temperaturas pode gerar acrilamida, como fritar com óleo, assar no forno ou até grelhar. O que importa é a temperatura e o tempo de exposição ao calor.

Um estudo de 2015 comparou o preparo da batata frita por fritura normal com óleo e por 'fritura' na airfryer, e mostrou que fritar a batata com óleo gera cerca de 90% mais acrilamida do que na airfryer.

"Isso porque a temperatura que o óleo atinge é maior do que a do ar no equipamento, e quanto maior a temperatura e maior o tempo de cozimento, maior a geração de acrilamida", explica.

Quais são os reais riscos da acrilamida consumida nos alimentos preparados na airfryer

A acrilamida realmente é uma substância tóxica, mas isso acontece quando é inalada em grandes quantidades, ressalta a especialista.

Quanto à relação com o câncer, os estudos mostram que, para os humanos, seria necessário consumir uma quantidade muito maior do que a encontrada na comida para que houvesse algum risco, e isso não ocorre na nossa alimentação diária.

Para acalmar a tensão que rodeia a airfryer, ela afirma que o problema não está na panela, mas na forma como o alimento é cozido em qualquer equipamento de alta temperatura.

No entanto, até o momento, todas as pesquisas indicam que a quantidade de acrilamida gerada no nosso dia a dia não representa um risco significativo para a saúde.

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