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Se você está retendo muito líquido, pode ser hora de mudar a sua alimentação
Clarice MunizPor  Clarice Muniz  | Redatora

Sou jornalista e assessora de imprensa especializada em conteúdos de saúde e bem-estar. Adepta da comida de verdade, costumo preparar as minhas refeições diariamente, seguindo as recomendações de cuidados e saúde de especialistas. Sou fã de pimenta. Se você não curte comida picante, não se arrisque em tirar uma provinha da minha panela.

Nutricionista lista os hábitos alimentares que podem contribuir para o aumento de inchaços causados pela retenção de líquidos

Se você está retendo muito líquido, pode ser hora de mudar a sua alimentação

Certos hábitos alimentares aumentam a retenção de líquidos, mas alguns alimentos ajudam a aliviar o problema (Foto: Shutterstock)

Muitas pessoas têm a sensação de inchaço no corpo, principalmente no fim do dia, e nem sempre identificam o motivo. Esse desconforto, comum para muitas pessoas, pode estar ligado à retenção de líquidos.

A retenção hídrica é um desequilíbrio do organismo fazendo com que o corpo acumule mais água do que o necessário nos espaços intercelulares. Os inchaços se manifestam com mais frequências nos pés e tornozelos, mas também na barriga.

Esse quadro pode ser influenciado diretamente pelos hábitos alimentares. Mas com algumas mudanças simples, é possível aliviar o inchaço.

Como a alimentação pode ajudar no combate à retenção de líquidos

A retenção de líquido pode ter diferentes origens, desde fatores hormonais, condições médicas específicas, sedentarismo. Algumas mulheres sentem mais inchaços durante o período menstrual, por exemplo.

Por este motivo, é fundamental ter atenção às escolhas dos alimentos e alguns hábitos alimentares inadequados que podem promover ou amenizar o acúmulo de líquidos nos tecidos.

A bióloga e nutricionista italiana Erika Beatrice lista ao Gazzetta.it quais são eles!

1. Hidratação adequada

Manter uma boa hidratação é essencial para evitar a retenção de líquidos. "Quando o corpo percebe um estado de desidratação, tende a reter líquidos como mecanismo de defesa", explica a nutricionista .

Segundo ela, o ideal é beber pelo menos de 1,5 a 2 litros de água por dia: "Adaptando a quantidade às características individuais como idade, biotipo, estação do ano e nível de atividade física praticada."

2. Controle do sal na alimentação

O sal é essencial, mas deve ser consumido com moderação. A recomendação é de até 5 gramas por dia, porém o consumo médio costuma ser o dobro. O excesso de sal favorece a retenção de líquidos, eleva a pressão arterial e sobrecarrega os rins.

Reduzir o sal na dieta envolve não só evitar adicioná-lo aos pratos, mas também evitar alimentos industrializados e ultraprocessados, que frequentemente contêm grandes quantidades de sal. Por isso, cheque o rótulo.

"Evite produtos que listam sal ou seus derivados entre os primeiros ingredientes, tais como sódio, cloreto de sódio, bicarbonato de sódio, fosfato monossódico, glutamato monossódico, benzoato de sódio e citrato de sódio", explica.

3. Redução do açúcar

O consumo excessivo de açúcares simples, como em bebidas açucaradas, doces e sucos, pode aumentar os níveis de insulina e aldosterona, hormônio que regula a quantidade de sódio na circulação.

"Altos níveis de aldosterona fazem com que o corpo retenha mais sódio , causando acúmulo de líquido nos tecidos ”, afirma a especialista.

4. Controle a cafeína e 'elimine' o álcool

Café e bebidas com cafeína podem ter efeito diurético inicial, mas sem hidratação adequada, favorecem a retenção de líquidos.

"Quanto ao álcool, é preferível eliminá-lo da dieta. Ele causa desidratação, inflamação e interfere nos mecanismos normais de regulação dos fluidos corporais", destaca a nutricionista.

Alimentos diuréticos ajudam a reduzir a retenção de líquidos

Para estimular a eliminação de líquidos, além de bons hábitos, é possível incluir na dieta alimentos com leve efeito diurético. A nutricionista destaca os principais que ajudam no equilíbrio hídrico do corpo:

  • Aspargos: seu efeito diurético se deve à asparagina, que estimula a eliminação de resíduos. São ricos em vitaminas (como K, A, C e do complexo B) e potássio, ajudando a controlar a pressão e o excesso de sódio.

  • Funcho: ricos em água e fibras, ajudam a regular o intestino e a reduzir o inchaço. Também contêm potássio, que auxilia no equilíbrio de fluidos.

  • Aipo e pepino: são ricos em água e potássio, ajudando a equilibrar o sódio no corpo. O aipo contém ftalidas, que podem ter efeito hipotensor e anti-inflamatório. Já o pepino, com até 95% de água, contribui para a saúde dos rins.

  • Melancia e melão: Por serem ricos em água, potássio e vitaminas A e C, ajudam a combater a retenção de líquidos.

  • Abacaxi: se destaca pela bromelaína, enzima com possíveis efeitos anti-inflamatórios e digestivos, especialmente presente no caule. Auxilia na digestão de proteínas, reduz o inchaço e é rico em vitamina C, que favorece os vasos sanguíneos e a imunidade. Seu alto teor de água contribui para a hidratação.

  • Salsa: contém flavonoides, como a apigenina, que favorecem a saúde da microcirculação e têm leve efeito diurético. Usá-la fresca e crua realça o sabor dos pratos e ajuda na eliminação de líquidos.

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