
Certos hábitos alimentares aumentam a retenção de líquidos, mas alguns alimentos ajudam a aliviar o problema (Foto: Shutterstock)
Muitas pessoas têm a sensação de inchaço no corpo, principalmente no fim do dia, e nem sempre identificam o motivo. Esse desconforto, comum para muitas pessoas, pode estar ligado à retenção de líquidos.
A retenção hídrica é um desequilíbrio do organismo fazendo com que o corpo acumule mais água do que o necessário nos espaços intercelulares. Os inchaços se manifestam com mais frequências nos pés e tornozelos, mas também na barriga.
Esse quadro pode ser influenciado diretamente pelos hábitos alimentares. Mas com algumas mudanças simples, é possível aliviar o inchaço.
Como a alimentação pode ajudar no combate à retenção de líquidos
A retenção de líquido pode ter diferentes origens, desde fatores hormonais, condições médicas específicas, sedentarismo. Algumas mulheres sentem mais inchaços durante o período menstrual, por exemplo.
Por este motivo, é fundamental ter atenção às escolhas dos alimentos e alguns hábitos alimentares inadequados que podem promover ou amenizar o acúmulo de líquidos nos tecidos.
A bióloga e nutricionista italiana Erika Beatrice lista ao Gazzetta.it quais são eles!
1. Hidratação adequada
Manter uma boa hidratação é essencial para evitar a retenção de líquidos. "Quando o corpo percebe um estado de desidratação, tende a reter líquidos como mecanismo de defesa", explica a nutricionista .
Segundo ela, o ideal é beber pelo menos de 1,5 a 2 litros de água por dia: "Adaptando a quantidade às características individuais como idade, biotipo, estação do ano e nível de atividade física praticada."
2. Controle do sal na alimentação
O sal é essencial, mas deve ser consumido com moderação. A recomendação é de até 5 gramas por dia, porém o consumo médio costuma ser o dobro. O excesso de sal favorece a retenção de líquidos, eleva a pressão arterial e sobrecarrega os rins.
Reduzir o sal na dieta envolve não só evitar adicioná-lo aos pratos, mas também evitar alimentos industrializados e ultraprocessados, que frequentemente contêm grandes quantidades de sal. Por isso, cheque o rótulo.
"Evite produtos que listam sal ou seus derivados entre os primeiros ingredientes, tais como sódio, cloreto de sódio, bicarbonato de sódio, fosfato monossódico, glutamato monossódico, benzoato de sódio e citrato de sódio", explica.
3. Redução do açúcar
O consumo excessivo de açúcares simples, como em bebidas açucaradas, doces e sucos, pode aumentar os níveis de insulina e aldosterona, hormônio que regula a quantidade de sódio na circulação.
"Altos níveis de aldosterona fazem com que o corpo retenha mais sódio , causando acúmulo de líquido nos tecidos ”, afirma a especialista.
4. Controle a cafeína e 'elimine' o álcool
Café e bebidas com cafeína podem ter efeito diurético inicial, mas sem hidratação adequada, favorecem a retenção de líquidos.
"Quanto ao álcool, é preferível eliminá-lo da dieta. Ele causa desidratação, inflamação e interfere nos mecanismos normais de regulação dos fluidos corporais", destaca a nutricionista.
Alimentos diuréticos ajudam a reduzir a retenção de líquidos
Para estimular a eliminação de líquidos, além de bons hábitos, é possível incluir na dieta alimentos com leve efeito diurético. A nutricionista destaca os principais que ajudam no equilíbrio hídrico do corpo:
- Aspargos: seu efeito diurético se deve à asparagina, que estimula a eliminação de resíduos. São ricos em vitaminas (como K, A, C e do complexo B) e potássio, ajudando a controlar a pressão e o excesso de sódio.
- Funcho: ricos em água e fibras, ajudam a regular o intestino e a reduzir o inchaço. Também contêm potássio, que auxilia no equilíbrio de fluidos.
- Aipo e pepino: são ricos em água e potássio, ajudando a equilibrar o sódio no corpo. O aipo contém ftalidas, que podem ter efeito hipotensor e anti-inflamatório. Já o pepino, com até 95% de água, contribui para a saúde dos rins.
- Melancia e melão: Por serem ricos em água, potássio e vitaminas A e C, ajudam a combater a retenção de líquidos.
- Abacaxi: se destaca pela bromelaína, enzima com possíveis efeitos anti-inflamatórios e digestivos, especialmente presente no caule. Auxilia na digestão de proteínas, reduz o inchaço e é rico em vitamina C, que favorece os vasos sanguíneos e a imunidade. Seu alto teor de água contribui para a hidratação.
- Salsa: contém flavonoides, como a apigenina, que favorecem a saúde da microcirculação e têm leve efeito diurético. Usá-la fresca e crua realça o sabor dos pratos e ajuda na eliminação de líquidos.
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