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Ao contrário do que muitos pensavam até então, foi descoberto que a vitamina D e o cálcio não protegem contra fraturas ósseas. A Força-tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF) planeja nova recomendações após descobrir que, apesar de terem diversos benefícios para a saúde, esses componentes não ajudam a prevenir fraturas nessa parte do corpo.
Por que vitamina D e cálcio não previnem fraturas ósseas
Especialistas descobriram em 2018 que a vitamina D e o cálcio não são recomendados para a prevenção de fraturas em mulheres na pós-menopausa e tampouco conseguiram confirmar sua eficácia em doses mais elevadas. A atividade física e o tratamento adequado para a osteoporose seguem sendo os mais recomendados.
A USPSTF deverá anunciar em breve novas recomendações sobre a vitamina D e o cálcio, enfatizando que esses ingredientes são, de fato, importantes para a saúde, mas não nesse quesito. Quando se fala de prevenir fraturas ósseas, não se recomenda tomar vitamina D na dose de 400 unidades ao dia e cálcio na quantidade de 1.000 unidades para mulheres na pós-menopausa.
O prof. Goutham Rao, do University Hospitals Healthe System, de Cleveland, que faz parte da organização norte-americana, defende que a vitamina D não ajuda a prevenir quedas e fraturas ósseas em pessoas com mais de 60 anos, visto que mesmo em doses maiores, não há essa proteção.
"Pelo que determinamos, não há dose que proporcione algum benefício (em termos de fraturas ósseas - PAP)", contou à CNN. Mas, ele também ressaltou que a vitamina D ajuda na absorção do cálcio, no funcionamento do sistema imunológico, cérebro e músculos. "Portanto, ninguém está sugerindo não tomar esses ingredientes."
O prof. Scherri-Ann Burnett-Bowie, da Harvard Medical School, por sua vez, destaca que é recomendado ingerir 600 a 800 unidades de vitamina D e 700 a 1.200 unidades de cálcio no primeiro ano de vida. Mas, nos EUA, essa ingestão costuma ser bem baixa. Já o Dr. Address Wong, do Conselho para Nutrição Responsável, as pessoas com níveis baixos de vitamina D e cálcio podem se beneficiar com a suplementação desses componentes, visto que, no geral, as pessoasl, e em especial os idosos, passam pouco tempo ao sol e não seguem uma dieta adequada, por isso teme que as novas recomendações da USPSTF possa desencorajar a ingestão deles.
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