
A alimentação pode ser aliada (ou inimiga) das mulheres que têm endometriose (Foto: Freepik)
Uma alimentação variada e equilibrada é a chave para quem busca um estilo de vida saudável. Além de trazer importante contribuição para prevenir diversas doenças, bons hábitos alimentares podem contribuir ainda para amenizar sitomas de doenças inflamatórias, por exemplo.
É o caso da endometriose, é uma condição inflamatória crônica que atinge 10% da população feminina em todo o mundo, conforme apontam dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O desequilíbrio hormonal é uma das causas dessa doença, que pode ter os sintomas aliviados com a ingestão de alguns nutrientes presentes nos alimentos, com propriedades anti-inflamatórias. No entanto, se você faz escolhas ruins, as reações à condição podem ser desagradáveis. Saiba quais são esses alimentos!
Quais alimentos comer para evitar os sintomas da endometriose
A endometriose costuma ser caracterizada por dores intensas, além de irregularidades menstruais e até podendo levar à infertilidade.
De acordo com a nutricionista Luíza Jácome, especialista nas implicações da alimentação na endometriose, ainda que não haja uma cura definitiva para a doença, a alimentação é um fator importante para a mulher que sofre essa condição.
"Uma alimentação adequada pode ser uma poderosa aliada no manejo dos sintomas, pois reduz as inflamações e melhora a qualidade de vida do paciente”, afirma ao GPS|Brasília.
Alimentos que ajudam no controle da doença:
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Fontes de ômega-3: esses alimentos têm propriedades anti-inflamatórias que podem reduzir a dor e o inchaço. Exemplos: Salmão, sardinha, linhaça, chia e nozes;
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Frutas e vegetais coloridos: ricos em antioxidantes, como as vitaminas C e E, e flavonóides, que ajudam a combater o estresse oxidativo. Exemplos: Berries, laranja, maçã, brócolis, espinafre e couve;
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Grãos integrais: alimentos ricos em fibras que auxiliam na regulação hormonal e eliminação do excesso de estrogênio pelo intestino. Exemplos: Quinoa, aveia, arroz integral e pão integral;
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Especiarias anti-inflamatórias: presença de compostos que diminuem processos inflamatórios. Exemplos: Cúrcuma e gengibre;
- Chás funcionais: chás com propriedades calmantes e anti-inflamatórias ajudam a aliviar cólicas e desconfortos. Exemplos: Camomila e gengibre.
Não coma esses alimentos se você sofre com sintomas da endometriose
Segundo a nutricionista, enquanto os alimentos mencionados ajudam a amenizar os incômodos da doença, outras categorias de alimentos podem piorar os sintomas da endometriose.
Esses alimentos pioram os sintomas da endometriose:
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Ultraprocessados: salgadinhos, biscoitos, embutidos e refrigerantes são ricos em açúcares, gorduras saturadas e aditivos químicos, que podem intensificar inflamações;
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Laticínios: o consumo de leite e derivados pode piorar os sintomas em algumas mulheres devido à intolerância à lactose ou ao impacto dos hormônios presentes no leite;
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Glúten: algumas mulheres relatam melhora dos sintomas ao reduzir o consumo de alimentos com glúten, mas não significa que seja em todos os casos;
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Álcool e cafeína: o excesso de bebidas alcoólicas e cafeína pode aumentar a inflamação e causar desequilíbrios hormonais;
- Carnes gordurosas: carnes processadas ou com alto teor de gordura saturada podem estimular a produção de prostaglandinas inflamatórias, agravando as dores.
Hábitos que ajudam a melhorar a qualidade de vida em pessoas com a doença
Alguns hábitos podem ajudar a garantir uma melhor qualidade de vida e a doença controlada. A nutricionista destaca a ingestão de água regularmente, pois contribui para a eliminação de toxinas e o bom funcionamento do organismo.
Ela acrescenta ainda a importância de priorizar alimentos naturais, integrais e ricos em antioxidantes como estratégia inteligente para evitar os sintomas da endometriose.
Dentre as dicas da especialista, ela lista alguns comportamentos essenciais:
- Reduzir o consumo de açúcares e farinhas refinadas, que podem desequilibrar os níveis de insulina e aumentar inflamações;
- Aumentar a ingestão de fibras a partir do consumo de frutas, vegetais e grãos integrais, que promovem o equilíbrio hormonal;
- Investir em gorduras boas, como abacate, azeite de oliva e castanhas, por serem fontes saudáveis que ajudam a reduzir inflamações.
"Ajustes simples e estratégicos na dieta podem não apenas aliviar os sintomas, mas também contribuir para uma melhor qualidade de vida", afirma a nutricionista.
Entretanto, ela ressalta a importância de manter o acompanhamento de um profissional especializado para desenvolver um plano alimentar individualizado e focado às necessidades do paciente.
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