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É ou não seguro comer sushi? Peixe cru é alvo de alerta após estudo de noruegueses
Clarice MunizPor  Clarice Muniz  | Redatora

Sou jornalista e assessora de imprensa especializada em conteúdos de saúde e bem-estar. Adepta da comida de verdade, costumo preparar as minhas refeições diariamente, seguindo as recomendações de cuidados e saúde de especialistas. Sou fã de pimenta. Se você não curte comida picante, não se arrisque em tirar uma provinha da minha panela.

Pesquisadores noruegueses realizam estudo sobre consumo de peixe cru e apontam resultado alarmante.

É ou não seguro comer sushi? Peixe cru é alvo de alerta após estudo de noruegueses

Perigos reais no consumo de peixe cru são apontados em estudo (Foto Pexels).

Comer sushi é perigoso? Essa dúvida relacionada ao consumo de peixe cru pode atormentar muita gente, mas certamente os fãs da culinária da japonesa evitam pensar sobre o assunto. Afinal, quem resiste aos prazeres de comer deliciosas peças de sushis, sashimis e mais itens?

Mas é necessário levar em conta que os peixes crus podem oferecer alguns riscos graves à saúde. Foi o que constatou pesquisadores da Noruega em um recente estudo sobre o assunto.

Se você não abre mão desse tipo de carne e é fã das versões cruas, confira alguns dados relevantes da pesquisa antes de devorar o próximo combinado de sushis que você até pode preparar em versões mais baratas em casa.

Saiba qual bactéria está relacionada ao peixe cru 

A resposta para os fãs de comida japonesa pode decepcionar um pouco, mas comer sushi não é tão seguro quanto muita gente imagina. É o que comprova um estudo realizado pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia junto com o Instituto de Pesquisa Marinha da Noruega.

De acordo com os pesquisadores, o sushi e mais alimentos crus podem conter bactérias assim como outros agentes patogênicos com potencial para causar uma intoxicação alimentar.

A bactéria que mais preocupa os cientistas é a Listeria monocytogenes, que costuma ser a mais comum por causar doenças relacionadas à ingestão de frutos do mar. Porém, após o estudo, os pesquisadores alertam sobre outra bactéria para tomar cuidado: as Aeromonas.

A maioria das variantes dessas bactérias são possivelmente patogênicas

Os autores procuraram a bactéria em peixes crus disponíveis para compra na Noruega. Foram identificados no total 22 estirpes de Aeromonas, com oito espécies diferentes.

"Os resultados das pesquisas mostram que o processamento suave que esses produtos pesqueiros recebem não garante que o crescimento da bactéria Aeromonas seja inibido. A maioria destas variantes de Aeromonas são possivelmente patogênicas e existem frequentemente vários fatores de risco diferentes associados a elas”, explicou Hyejeong Lee, autor do estudo.

Porém, os pesquisadores também descobriram evidências de que as Aeromonas podem contribuir para a crescente crise de resistência aos antibióticos, pois essas bactérias trocam regularmente material genético com outros micróbios no mar. Isso significa que podem adquirir genes que permitam tolerar antibióticos e transmiti-los a outras bactérias.

"Algumas cepas de Aeromonas também podem espalhar a resistência aos antibióticos de um tipo de bactéria para outro. Comer frutos do mar infectados por bactérias resistentes é uma forma provável de propagação dessas bactérias de animais e ambientes marinhos para os humanos", ressalta Hyejeong Lee.

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