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É ou não seguro comer sushi? Peixe cru é alvo de alerta após estudo de noruegueses

Pesquisadores noruegueses realizam estudo sobre consumo de peixe cru e apontam resultado alarmante.

É ou não seguro comer sushi? Peixe cru é alvo de alerta após estudo de noruegueses

Perigos reais no consumo de peixe cru são apontados em estudo (Foto Pexels).

Comer sushi é perigoso? Essa dúvida relacionada ao consumo de peixe cru pode atormentar muita gente, mas certamente os fãs da culinária da japonesa evitam pensar sobre o assunto. Afinal, quem resiste aos prazeres de comer deliciosas peças de sushis, sashimis e mais itens?

Mas é necessário levar em conta que os peixes crus podem oferecer alguns riscos graves à saúde. Foi o que constatou pesquisadores da Noruega em um recente estudo sobre o assunto.

Se você não abre mão desse tipo de carne e é fã das versões cruas, confira alguns dados relevantes da pesquisa antes de devorar o próximo combinado de sushis que você até pode preparar em versões mais baratas em casa.

Saiba qual bactéria está relacionada ao peixe cru

A resposta para os fãs de comida japonesa pode decepcionar um pouco, mas comer sushi não é tão seguro quanto muita gente imagina. É o que comprova um estudo realizado pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia junto com o Instituto de Pesquisa Marinha da Noruega.

De acordo com os pesquisadores, o sushi e mais alimentos crus podem conter bactérias assim como outros agentes patogênicos com potencial para causar uma intoxicação alimentar.

A bactéria que mais preocupa os cientistas é a Listeria monocytogenes, que costuma ser a mais comum por causar doenças relacionadas à ingestão de frutos do mar. Porém, após o estudo, os pesquisadores alertam sobre outra bactéria para tomar cuidado: as Aeromonas.

A maioria das variantes dessas bactérias são possivelmente patogênicas

Os autores procuraram a bactéria em peixes crus disponíveis para compra na Noruega. Foram identificados no total 22 estirpes de Aeromonas, com oito espécies diferentes.

"Os resultados das pesquisas mostram que o processamento suave que esses produtos pesqueiros recebem não garante que o crescimento da bactéria Aeromonas seja inibido. A maioria destas variantes de Aeromonas são possivelmente patogênicas e existem frequentemente vários fatores de risco diferentes associados a elas”, explicou Hyejeong Lee, autor do estudo.

Porém, os pesquisadores também descobriram evidências de que as Aeromonas podem contribuir para a crescente crise de resistência aos antibióticos, pois essas bactérias trocam regularmente material genético com outros micróbios no mar. Isso significa que podem adquirir genes que permitam tolerar antibióticos e transmiti-los a outras bactérias.

"Algumas cepas de Aeromonas também podem espalhar a resistência aos antibióticos de um tipo de bactéria para outro. Comer frutos do mar infectados por bactérias resistentes é uma forma provável de propagação dessas bactérias de animais e ambientes marinhos para os humanos", ressalta Hyejeong Lee.

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