
Você nunca imaginou que uma substância que é parte do combustível de foguetes pudesse estar na sua comida (Créditos: Shutterstock)
Um estudo na Amazônia encontrou plástico dentro de 98% dos peixes analisados. No Brasil, cada vez mais alimentos são expostos aos agrotóxicos e pesticidas. Inclusive, já ensinamos como higienizar frutas e verduras do jeito certo para evitar os efeitos colaterais dessas substâncias. Além disso, todo mundo já sabe como os ultraprocessados fazem mal à saúde.
No entanto, agora, um estudo publicado na Consumer Reports encontrou um componente de combustível de foguete e explosivos em alimentos. Entenda como isso é possível e o que fazer para se proteger no blog do TudoGostoso.
Como esses componente foi parar em nossos alimentos?
O estudo analisou 196 amostras de produtos de supermercados fast food em busca de sinais de perclorato, um composto químico utilizado em foguetes, mísseis, airbags, e plásticos, por exemplo.
A substância foi detectada em mais de 65% dos casos, com frutas, vegetais e comidas de bebê apresentando as concentrações mais elevadas.
Segundo o Dr. John Coates, diretor do Instituto de Energia e Biociência da Universidade da Califórnia, isso ocorre porque o perclorato é extremamente solúvel na água e penetra o solo com facilidade, contaminando o ambiente. Alguns fertilizantes também contêm perclorato naturalmente.
A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos determinou que o consumo de 0.7 microgramas, no máximo, por quilo do peso de um indivíduo é seguro. Mas alguns especialistas acreditam que o limite deveria ser muito menor.
Qual o maior risco da exposição à essa substância?
O maior problema do perclorato é que a substância pode interferir com a tireoide e a sua produção de hormônios, resultando em um quadro de hipotireoidismo. Essa condição é caracterizada, dentre outros sintomas, pela sensação de fadiga, ganho de peso e depressão.
Crianças pequenas, porém, correm um risco maior se forem expostas demais ao composto porque a tireoide é importantíssima no desenvolvimento do cérebro delas e o dano pode ser permanente.
O que fazer para se proteger dessa substância?
Não é possível saber o quanto estamos ingerindo ou não dessa substância no nosso dia a dia. Então, para Andrea Kirk, doutora e professora em saúde pública, “A melhor coisa que você pode fazer é ter uma dieta diversificada”.
Como a maioria dos alimentos com taxas elevadas de perclorato são ultraprocessados, você pode começar reduzindo o seu consumo.
Veja mais!
É isso que as cenouras com manchas pretas escondem: alerta dos especialistas
O que acontece com o seu cérebro quando você come nozes todos os dias?