Chocolate belga é considerado o melhor do mundo. (créditos: Shutterstock)
Se você já teve a oportunidade de experimentar um chocolate belga, certamente se surpreendeu com a qualidade do doce. E não estamos falando apenas das marcas sofisticas, pois até mesmo os produtos vendidos por preços populares e que também são comercializados aqui no Brasil também que ficam com um gosto melhor quando produzidos no país europeu. E essa diferença não é por acaso.
A qualidade dos chocolates belgas é resultado de uma série de diretrizes exigidas pelo país no processo de fabricação dos doces. E uma das regras mais importantes tem a ver com o teor de gordura do produto, o que acaba sendo um fator determinante no sabor do chocolate.
Veja a seguir por que o chocolate belga é considerado o melhor do mundo e as principais características do doce.
O que o chocolate belga tem de tão especial?
Um dos fatores que faz o chocolate produzido na Bélgica ser considerado o melhor do mundo são os rígidos padrões de qualidade exigidos na fabricação do doce. E todo esse controle de produção é regulamentado por lei, ou seja, todos os fabricantes de chocolate no país precisam respeitar essas regras. O produto que não tem o percentual mínimo não é considerado chocolate, mas apenas um produto à base de cacau.
Entre tantas exigências, a mais importante determina que o doce precisa ter, no mínimo, 35% de cacau puro. Outra recomendação é que o doce não pode ter adição de aditivos químicos e outras gorduras vegetais além da manteiga de cacau.
A alta concentração de cacau também reduz a quantidade de açúcar e leite utilizado na produção do chocolate, o que potencializa a qualidade do produto. Por isso, os chocolates belgas são muito mais gostosos, cremosos e nutritivos. Eles também são conhecidos por serem bem menos calóricos.
Chocolate brasileiro tem menor percentual de cacau no mundo
Agora fica a pergunta: por que os chocolates aqui no Brasil não são tão saborosos quanto os europeus? Porque aqui os padrões de produção são bem inferiores. As fábricas brasileiras nem ao menos seguem as diretrizes do Codex Alimentarius, um conjunto de padrões alimentares adotados internacionalmente a fim de garantir a qualidade dos produtos e a saúde do consumidor.
Para ter uma ideia, no nosso país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária( ANVISA), órgão responsável pela elaboração das normas brasileiras referentes à produção de alimentos, exige um índice mínimo de 25% de sólidos de cacau. É o menor percentual do mundo, o que faz do Brasil o país que produz o chocolate com menor teor de cacau do planeta!
Por isso, o chocolate produzido nas indústrias nacionais é de menor qualidade, pois sua composição tem menos sólidos de cacau. Se já não bastasse o baixo teor de cacau, as normas brasileiras também não impõem limites para a adição de gorduras, leite e açúcar.
Claro que você pode encontrar chocolates de alta qualidade produzidos aqui no Brasil. Porém, eles são bem mais caros. Por outro lado, as opções vendidas a preços mais em conta são justamente as que têm um perfil de gordura e açúcar maior.
Para garantir que o chocolate que você está comprando é de qualidade, verifique o rótulo e a lista de ingredientes para entender a composição nutricional do produto. Se possível, dê preferência a opções com um teor de cacau maior e menos açúcar e outros aditivos.
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