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Pânico sobre itens de cozinha de plástico preto pode ter sido causado por um simples erro matemático; eles ainda fazem mal à saúde?
Isabela HenriquesPor  Isabela Henriques  | Redatora

Isabela é apaixonada por cozinhar (e comer) desde pequena. Durante as horas vagas, além de dar pitaco na comida alheia, gosta de ler livros de qualidade duvidosa, viajar e descobrir restaurantes pouco explorados do Rio de Janeiro.

Autores de estudo relatam erro em número que mostra os níveis de exposição segura às substâncias tóxicas encontradas em plásticos pretos

Pânico sobre itens de cozinha de plástico preto pode ter sido causado por um simples erro matemático; eles ainda fazem mal à saúde?

Entenda se polêmica sobre plástico preto na cozinha ainda é causa para preocupação (Créditos: Canva)

Um estudo sobre os perigos do plástico preto publicado em outubro de 2024 gerou bastante alarde na internet na época, inclusive aqui no TudoGostoso. Agora, os autores vieram a público divulgar um erro nos números da pesquisa que relaciona os níveis de exposição segura a retardadores de chama. O intuito do estudo foi analisar e mostrar a presença dessas substâncias tóxicas em diversos itens de uso doméstico como embalagens de sushi, espátulas de cozinha e até brinquedos infantis.

De acordo com a pesquisa, 10% dos itens analisados continham níveis de bromo elevados, e 2/3 desse número também continham retardadores de chamas organofosforados. Ambas substâncias são tóxicas para a saúde, sendo que o consumo máximo recomendado pela Agência de Proteção Ambiental é de 420 mil nanogramas por dia para um adulto de 60 quilos, mas o estudo informou o número de 42 mil nanogramas, o que é bem abaixo.

Itens de cozinha de plástico preto ainda fazem mal para à saúde?

Atualmente, existem outros materiais mais seguros para a utilização na área culinária. Ainda que os números da pesquisa estivessem incorretos e os perigos sejam dez vezes menores do que o esperado, é importante ressaltar que as substâncias tóxicas realmente se fazem presente nos itens de plástico preto reciclável. Ademais, a exposição do organismo a substâncias retardadoras de chama já foi associada com disfunções da tiroide e problemas ósseos em pesquisas recentes.

Segundo a líder do projeto, Megan Liu, do grupo de defesa Toxic-Free Future, mesmo que o corpo humano possa ser submetido a níveis de exposição maiores do que o indicado na pesquisa, ainda é melhor substituir esses produtos feitos de plástico preto. Ela também reitera a necessidade de mais estudos investigando os efeitos dos retardadores de chama no corpo humano a longo prazo, já que ainda não há informações precisas sobre os riscos desses produtos contaminados para a saúde humana.

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