
Entenda se polêmica sobre plástico preto na cozinha ainda é causa para preocupação (Créditos: Canva)
Um estudo sobre os perigos do plástico preto publicado em outubro de 2024 gerou bastante alarde na internet na época, inclusive aqui no TudoGostoso. Agora, os autores vieram a público divulgar um erro nos números da pesquisa que relaciona os níveis de exposição segura a retardadores de chama. O intuito do estudo foi analisar e mostrar a presença dessas substâncias tóxicas em diversos itens de uso doméstico como embalagens de sushi, espátulas de cozinha e até brinquedos infantis.
De acordo com a pesquisa, 10% dos itens analisados continham níveis de bromo elevados, e 2/3 desse número também continham retardadores de chamas organofosforados. Ambas substâncias são tóxicas para a saúde, sendo que o consumo máximo recomendado pela Agência de Proteção Ambiental é de 420 mil nanogramas por dia para um adulto de 60 quilos, mas o estudo informou o número de 42 mil nanogramas, o que é bem abaixo.
Itens de cozinha de plástico preto ainda fazem mal para à saúde?
Atualmente, existem outros materiais mais seguros para a utilização na área culinária. Ainda que os números da pesquisa estivessem incorretos e os perigos sejam dez vezes menores do que o esperado, é importante ressaltar que as substâncias tóxicas realmente se fazem presente nos itens de plástico preto reciclável. Ademais, a exposição do organismo a substâncias retardadoras de chama já foi associada com disfunções da tiroide e problemas ósseos em pesquisas recentes.
Segundo a líder do projeto, Megan Liu, do grupo de defesa Toxic-Free Future, mesmo que o corpo humano possa ser submetido a níveis de exposição maiores do que o indicado na pesquisa, ainda é melhor substituir esses produtos feitos de plástico preto. Ela também reitera a necessidade de mais estudos investigando os efeitos dos retardadores de chama no corpo humano a longo prazo, já que ainda não há informações precisas sobre os riscos desses produtos contaminados para a saúde humana.