O sino de Belém nem bem começa a bater e os panetones já tomam as prateleiras dos supermercados, padarias e lojas do ramo, sejam eles de produção artesanal ou provenientes das grandes indústrias. Esse pão de massa fofa, doce e aromática que ganhou o coração dos brasileiros tem muita história pra contar e remonta ao século XIII, quando os milaneses já incrementavam seus pães diários com mel e especiarias. Quer saber mais sobre a origem do panetone? Confira a seguir!
Saiba mais sobre a origem do panetone
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A versão com frutas cristalizadas e uva-passa teria surgido no século XIV, na região de Milão, na Itália. Como muitas criações culinárias, essa também vem amparada por interessantes lendas. Uma delas relata o surgimento da iguaria por volta do ano de 900, quando o auxiliar de cozinha Toni, a serviço do nobre Ludovico, o Mouro, teria acrescentado uva-passa e outros ingredientes a uma massa comum, propositadamente ou não. Outra lenda conta que um rapaz, apaixonado pela filha do padeiro, se disfarçou de ajudante e criou um pão doce para conquistar a família pelo estômago e a criatividade. No Brasil, o panetone desembarcou com os imigrantes italianos no século XX. As produções comerciais mais antigas datam de 1939, com a família Di Cunto, e de 1948, com Carlo Bauducco.
Panetone no Brasil
No país das invenções culinárias, o panetone pode ser encontrado em versões doces e até mesmo salgadas, como escarola e bacalhau. Os doces são os mais procurados e, portanto, aqueles cuja oferta de possibilidades é maior. Para os que sofrem com a discriminada uva-passa, não tem problema. O chocotone já é há bastante tempo tão querido pelos brasileiros quanto a opção com frutas. Nos últimos anos, ele ganhou roupagens mais ousadas, como os recheios de brigadeiro, creme de avelã, trufa, entre outros. Há também novidades que são a cara do Brasil, como o recheado de cupuaçu com castanha-do-Pará.
Composição da massa de panetone na Itália
Na Itália, o tradicional panetone tem legislação específica que determina a composição da massa de fermentação natural: farinha, açúcar, sal, ovos, nata, frutas cristalizadas (no mínimo 20%) e aromas naturais. Apesar da preferência pela tradição, o país da bota também vem inovando com alguns ingredientes, como pistache, chocolate e frutas frescas. Os italianos também consomem o pandoro, que é como o original, só que sem as frutas. O que importa mesmo é que todos saiam felizes com suas escolhas e que o final do ano seja um momento de partilha e alegria ao redor de todo e qualquer panetone!
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