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O que é a Chama Crioula? Descubra curiosidades sobre o rito tradicional da Semana Farroupilha, no RS

Chama Crioula pode estar acesa há mais de 200 anos e é distribuída para todas as regiões tradicionalistas. Confira!

O que é a Chama Crioula? Descubra curiosidades sobre o rito tradicional da Semana Farroupilha, no RS

Chama crioula é tradição da Semana Farroupilha. (Foto: Arquivo da Prefeitura de São Luiz Gonzaga/RS)

A Chama Crioula é um dos atos mais importantes dos Festejos Farroupilha, que acontecem em todo o estado do Rio Grande do Sul. Ele marca a abertura oficial das comemorações e representa o resgate do orgulho da cultura gaúcha. Em 2023, a cerimônia completou 74 edições.

Cerca de mil cavaleiros levam desde agosto o fogo que acende a chama de cada uma das 30 regiões do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). A previsão é que a distribuição da Chama Crioula chegue ao acampamento de Porto Alegre, seu último destino, nesta quinta-feira (14).

O que é a Chama Crioula

A chama é um símbolo da identidade gaúcha, que marca as comemorações da Semana Farroupilha. A chama é gerada e distribuída antes do dia 20 de setembro, data em que é celebrada a Revolução Farroupilha.

Todos os anos os cavaleiros repetem as cavalgadas para levar a Chama Crioula, uma tradição que começou em 1947. O trajeto começa em agosto e, por meio de uma viagem a cavalo, a centelha é distribuída para as 30 regiões tradicionalistas, que por sua vez redistribuem para os municípios. O fogo traz o simbolismo do patriotismo, tradicionalismo, a união dos povos e o amor dos gaúchos pelas suas terras.

História da Chama Crioula

A história por trás da Chama Crioula inicia por volta de 1800, período em que tropeiros e carreteiros faziam rotas pelo estado. Como as viagens eram muito longas, era comum que parassem pelo caminho para preparar suas refeições, momento em que precisavam do fogo. Em Santa Maria, há um galpão que teria sido usado com essa finalidade há mais de 200 anos atrás e, segundo o que alguns gaúchos contam, foi de lá que surgiu o fogo deu origem à Chama Crioula, séculos depois.

A ideia do ritual em si foi usada por Getúlio Vargas para legitimar a cultura do Rio Grande do Sul e teve inspiração na tocha olímpica dos gregos, usada nos Jogos Olímpicos de Berlim.

Cavalgada é rito obrigatório e remonta o período de guerra. (Foto: Prefeitura de Torres/RS)

Cavalgada é rito obrigatório e remonta o período de guerra. (Foto: Prefeitura de Torres/RS)

Curiosidades

Todo o rito da Chama Crioula envolve tradições e fatos históricos que provavelmente você não sabe. Olha só:

74 edições

A primeira vez que a Chama Crioula foi gerada e distribuída foi no ano de 1947, assim, em 2023, a ritual completa 74 edições.

O fogo de 200 anos

A história local diz que o fogo que deu origem à Chama Crioula permanece aceso há oito gerações em um galpão na Fazenda Boqueirão, no interior de São Sepé, na Região Central do Rio Grande do Sul. A família cuida para que o fogo não se apague.

Dezenas de quilômetros

Os cavaleiros encarregados de levar a Chama Crioula pegam a estrada de manhã cedo e cavalgam até o início da tarde uma distância de aproximadamente 30 quilômetros.

Fogo reserva

Ao longo da jornada, a chama é levada pelos cavalheiros, mas para não correr risco de apagar e se perder, há um veículo que acompanha a cavalgada que carrega um lampião com o fogo, em caso de emergência.

Equipe de apoio

Embora a tradição do transporte via cavalo seja mantida, a equipe também conta com carro ou caminhão com itens para montar acampamentos e os locais para produção de comida. Afinal, são muitos dias de viagem, né?

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