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Novo estudo faz chocante descoberta ao analisar 247 alimentos destinados a crianças
Novo estudo faz chocante descoberta ao analisar 247 alimentos destinados a crianças

Créditos: Shutterstock

Um novo estudo que avaliou 247 alimentos destinados a crianças fez uma descoberta surpreendente ao revelar que a maioria deles não cumpre o perfil nutricional saudável ao qual deveriam atender. Uma investigação do Instituto Nacional de Saúde (INSA) concluiu que boa parte dos produtos não atendia aos valores de referência da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (98,8%).

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Ao avaliarem em conjunto os teores de açúcares e sal, a pesquisa do INS entendeu entendeu que a maioria deles não cumpria os critérios estabelecidos. As conclusões publicadas no Boletim Epidemiológico Observações do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) dizem: "A grande maioria dos 247 produtos avaliados, de seis categorias alimentares distintas [cereais de pequeno-almoço, barras de cereais, iogurtes e queijinhos aromatizados, bebidas lácteas aromatizadas, bolachas e biscoitos e bolos, napolitanas e queques], não atendia aos valores de referência da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (98,8%)".

O estudo também conclui que 89% dos produtos analisados não cumpriam os valores-limite estabelecidos no modelo de perfil nutricional fixado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para serem publicitados a menores de 16 anos, sendo que, neste caso, os valores limite mais frequentemente não cumpridos eram os referentes aos teores de açúcares totais e ao valor energético.

"Simultaneamente, observou-se que mais de 50% dos produtos continham teores médios e altos de lípidos, ácidos gordos saturados, açúcares e sal, atingindo os 97,6% no caso dos açúcares."

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A pesquisa focou em avaliar as características nutricionais de produtos alimentares voltados para as crianças, com ícones, menções e outras informações apelativas, que estavam disponíveis no mercado português em 2024. Em seguida, compararam os rótulos com suas informações nutricionais. Concluiu-se que 68,8% incluíam alegações nutricionais e de saúde, menções e outras mensagens relacionadas a benefícios nessa categoria, o que pode ter ajudado no aumento do consumo.

Essas técnicas podem criar "uma perceção de que os alimentos são mais saudáveis e/ou apresentam uma maior qualidade global, desviando a atenção das suas características nutricionais", como dizem os especialistas.

O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados tem contribuído para o aumento gradual do excesso de peso, principalmente nas faixas etárias mais jovens. Em 2022, dados indicaram que 31,9% crianças de 6 aos 8 anos de idade apresentavam excesso de peso, sendo que 13,5% delas tinham obesidade.

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