Diferentes pesquisas já revelaram algumas vantagens de abandonar o consumo de proteínas de origem animal e seus derivados para a saúde como um todo, mas um novo estudo de médicos norte-americanos colocou em foco o quanto uma dieta vegana pode colaborar na menopausa, considerada uma das fases mais desafiadoras da saúde feminina.
Os cientistas conseguiram constatar que a mudança para uma alimentação vegana pode ocasionar uma redução de até 95% do surgimento do fogacho, como são chamadas as ondas de calor recorrentes em mulheres na menopausa.
O estudo foi publicado no final de novembro na revista Menopause por representantes do Comitê de Médicos para Medicina Responsável (PCRM, em tradução do inglês) dos Estados Unidos, e também revelou que não apenas a frequência do fogacho que diminuiu, como também a intensidade das ondas de calor.
O que mudou no organismo do grupo que adotou dieta vegana na pesquisa?
A prioridade para quem quer reduzir esse incômodo sintoma da menopausa, revela a pesquisa, é adotar uma versão da dieta vegana com baixo teor de gordura. Ao longo de 12 semanas, aproximadamente três meses, os estudiosos acompanharam um grupo de 83 mulheres na menopausa e como eliminar carne e seus derivados da alimentação impactou em diferentes aspectos de sua saúde.
A redução de ondas de calor, segundo os especialistas, acontece devido ao melhor funcionamento intestinal proporcionado pela dieta vegana. O grupo que manteve uma dieta vegana durante o período da pesquisa conseguiu uma maior quantidade de bactérias boas no intestino.
Tal mudança no estilo de vida também outro impacto ao grupo: a redução média de 2 kg entre o grupo participantes, bem como um menor risco de desenvolver problemas de saúde, como doenças cardíacas e diabetes tipo 2, uma vez que as bactérias que estão associadas a esses problemas de saúde são menos abundantes diante da adoção de uma dieta vegana.
“As mulheres que desejam combater as ondas de calor devem alimentar as bactérias em seus intestinos com uma dieta vegana rica em frutas, vegetais, grãos e feijões, que também leva à perda de peso e protege contra doenças cardíacas e diabetes tipo 2”, concluiu a co-autora da pesquisa, Hana Kahleova.
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