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Só existe uma maneira correta de colocar o papel higiênico: uma patente encerrou o debate em 1891
Stephany MarianoPor  Stephany Mariano  | Redatora

Como uma verdadeira taurina, Stephany sempre foi apaixonada por comida. No tempo livre, gosta de assistir um k-drama bem clichê, viajar, experimentar novos sabores e fotografar tudo o que encontra por aí.

O que parecia um debate insolúvel tinha a resposta na história, na ciência e no senso comum

Só existe uma maneira correta de colocar o papel higiênico: uma patente encerrou o debate em 1891

Um documento histórico tem a resposta para acabar com esse discussão de uma vez por todas (Créditos: Shutterstock)

É muito comum que certos debates se arrastem por tanto tempo que, com o passar dos anos, fica impossível chegar a um consenso e até a própria resposta acaba se perdendo pelo caminho. Entre esses debates, há um que parece nunca chegar ao fim, justamente porque ambos os lados estão convictos de seus argumentos: o papel higiênico e a maneira correta de pendurá-lo.

Os que defendem que o papel deve se desenrolar pela parte de cima citam motivos como a higiene, afirmando que isso facilita o manuseio e evita o contato do papel com a parede, onde podem existir germes. Já os que preferem que a ponta fique voltada para a parte de baixo, encostada na parede, argumentam que assim é mais difícil que animais de estimação ou crianças desenrolem todo o rolo. Mas a verdade é que a resposta para essa discussão já foi dada há muitos anos.

Uma resposta histórica

Toda essa controvérsia parece ter encontrado uma resposta oficial em um lugar inesperado: um documento de mais de 130 anos atrás. Em 2015, o escritor Owen Williams recuperou uma imagem histórica do arquivo de Patentes do Google mostrando uma patente registrada em 1891 por Seth Wheeler, ninguém menos que o inventor do papel higiênico com rolo.

As ilustrações dessa patente mostram o papel desenrolando-se por cima do rolo, e não por baixo. O inventor não apenas patenteou o conceito de papel higiênico com rolo, em 1871, mas duas décadas depois, aperfeiçoou o design do rolo, com a intenção de minimizar o desperdício e torná-lo mais fácil de usar.

Seu objetivo era a eficiência, não debates intermináveis: “Meu rolo aprimorado pode ser usado nos suportes mais simples”, escreveu ele no texto da patente. Em seu design original, o papel deveria cair para a frente para facilitar o rasgo individual das folhas perfuradas, evitando assim o desenrolamento acidental ou desperdício desnecessário.

Uma explicação científica

Não é apenas a patente de Seth Wheeler que está a favor do papel higiênico pendurado com a folha por cima. A ciência também apoia essa abordagem por razões de saúde: pendurar o papel com a folha voltada para cima reduz o risco das mãos e do papel tocarem na parede, o que pode minimizar a propagação de bactérias.

Evitar que as mãos entrem em contato desnecessário com a parede ou com o suporte de papel higiênico é, portanto, uma medida simples, mas eficaz, para reduzir o risco de infecção em espaços compartilhados.

O papel higiênico deveria ser substituído?

Além do debate sobre a forma correta de posicionar o papel higiênico, outras discussões surgiram nos últimos anos em torno da invenção desse item essencial. Em uma de suas colunas, o New York Times explicou que, embora sua criação tenha representado na época um avanço técnico em relação aos métodos anteriores, a persistência em utilizá-lo tem mais ligação com o apego de algo já conhecido do que com a sua eficácia.

A matéria do New York Times que pesquisadores de doenças infecciosas concordam: usar apenas papel não garante uma limpeza adequada. A partir disso, surge o debate sobre o uso da água como solução mais eficiente. Segundo muitos especialistas, enxaguar com água, seja usando bidê ou dispositivos similares, é mais eficaz do que o tradicional papel higiênico. Para algumas pessoas, os lenços umedecidos aparecem como uma terceira alternativa, mas se entramos nessa conversa, é provável que se dê início a mais uma discussão interminável.

Seja como for, e independentemente das preferências pessoais, o papel higiênico continua sendo o rei do banheiro. E a existência de um documento oficial talvez resolva, ao menos, uma das discussões mais duradouras sobre o uso de um produto comum.

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