Um preparo de pipoca doce está causando preocupação na internet. Depois que uma usuária postou a sua receita de pipoca de micro-ondas com chocolate derretido, muita gente ficou surpresa com o método utilizado para derreter as barras de chocolate.
A polêmica poderia ser pela mistura da pipoca salgada com os ingredientes doces, que algumas pessoas afirmaram não fazer muito sentido, mas o que mais chama atenção é o momento em que ela retira os pacotes de chocolates após serem derretidos em banho-maria dentro das próprias embalagens.
Em seguida, tanto o chocolate ao leite quanto o chocolate branco - alvo de outra polêmica dos chocólatras - é aberto e despejado sobre a pipoca. Os usuários da rede social se mostraram surpresos e compartilharam comentários sobre os riscos de câncer através da técnica de esquentar a embalagem plástica.
Pode aquecer alimentos na embalagem plástica original?
Um assunto que costuma gerar debate é sobre o risco que o aquecimento de embalagens plásticas pode causar para a saúde. Essa prática, já comprovada em estudos, não é recomendada. O vilão está na presença de substâncias tóxicas que entram em contato com o alimento e desta forma são ingeridas.
E por isso o vídeo desperta surpresa. No lugar de colocar os pedaços de chocolate para derreter em uma tigela em banho-maria, ela manteve os alimentos no pacote plástico para derretê-lo.
Inicialmente é importante lembrar que as embalagens plásticas são fabricadas em escala industrial com o intuito de proteção do alimento de de fatores externos, incluindo possíveis contaminações.
Substâncias tóxicas são liberadas com o aquecimento do plástico
Alguns cuidados são essenciais com relação ao aquecimento de material plástico, como apontado por pesquisas recentes. Substâncias tóxicas presentes nesse tipo de material, como BPA (bisfenol A), ftalatos e dioxinas, podem ser cancerígenas. Esse dado é apontado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Em um estudo da Universidade de Nebraska-Lincoln, nos EUA, os resultados apontaram que potes plásticos liberam 2 bilhões de nanoplásticos e 4 milhões de microplásticos ao serem expostos à fonte de calor.
E como são minúsculos e invisíveis, essas microsubstâncias podem ser ingeridas com o alimento aquecido no pote. O que reforça os cuidados ao esquentar qualquer tipo de refeição em embalagens plásticas.