Já aconteceu de ter que passar alguns dias sem geladeira, seja pela sua estar quebrada, por você estar em um acampamento ou viagem? Há duas semanas estive na casa de queridos amigos em Ubatuba, onde não há geladeira. A casa é abastecida por energia solar e, com apenas duas placas e uma bateria, o eletrodoméstico teve que ser descartado. É dessa experiência única que trago para vocês hoje ideias de como se alimentar bem sem geladeira, evitando o desperdício.
Tapioca
A tapioca já é um alimento querido do brasileiro, seja no café da manhã ou para um lanche leve no fim do dia. A tapioca que compramos hidratada precisa ser armazenada em geladeira (pelo menos as vezes que eu deixei fora, ela azedou). A goma para tapioca que compramos seca, por sua vez, não necessita de refrigeração, desde que ela seja hidratada aos pouquinhos, conforme você for usar. Uma vez por dia está ótimo! Além de mais saudável, é mais barata que a tapioca hidratada. Você encontra facilmente em casas do Norte e empório de produtos naturais, vendida a granel (por peso).
Manteiga, leite e queijo
Em uma casa sem geladeira, algumas substituições de alimentos básicos do dia-a-dia são necessárias. O leite de caixinha ou saquinho, por exemplo, precisa ser trocado pelo leite em pó. Queijos do tipo meia cura ou parmesão sobrevivem bem fora da geladeira, desde que bem armazenado, em local seco e fresco. Margarina não tem vez onde não há geladeira, já a manteiga pode ficar em temperatura ambiente, desde que armazenada em local fresco e seco também.
Frutas secas e castanhas
As frutas secas e as castanhas são alimentos excelentes, sempre! As frutas secas (passas, ameixa, damasco, figo, tâmaras) são ótimas opções para quem adora um docinho e quer diminuir o consumo de açúcar. Já as castanhas (do Brasil, de caju, nozes, avelãs, amendoim, amêndoas) são oleaginosas ricas em gordura boa para o organismo, desde que consumidas com moderação. Ambas são ideais para levar em viagens e na bolsa, devido à praticidade no transporte, seu alto valor nutritivo e de saciedade. No site do Ministério da Saúde, você pode baixar o Guia Alimentar para a População Brasileira e saber mais sobre esses alimentos.
Saladas e refogados
Em casa sem geladeira a salada e o refogado do almoço viram recheio da tapioca no lanche da tarde. A salada deve ser bem armazenada em local seco e arejado e o refogado na própria panela, dentro do forno, enrolada em um pano para manter o calor. Nesse caso, algumas saladas frias são mais fáceis de lidar. O repolho, a cenoura e a beterraba, por exemplo, são alimentos de fácil armazenamento fora da geladeira e que podem ser ralados rapidamente na hora da refeição.
Bolinho de arroz, feijão e outros grãos
Pensa que só arroz pode virar bolinho?Pois feijão, lentilha, grão de bico e outros grãos da refeição anterior também podem virar deliciosos e nutritivos bolinhos para a próxima parada na cozinha. Basta mistura-los com um pouco de farinha de trigo (ou outra de sua preferência) até dar liga e levar para fritar ou assar com um pouco de óleo ou azeite de oliva. Na casa dos meus amigos, como eles optam pela alimentação vegana (sem ingredientes de origem animal), eles fazem os bolinhos sem ovo e dá certo também. É só coar a água do feijão ou outro grão que você for utilizar.
Em caso de falta de geladeira, duas dicas são imprescindíveis. Prepare porções suficientes para uma refeição ou para um dia (se o tempo estiver mais fresco) e observe sempre seus alimentos, para que não estraguem. No caso dos meus amigos, eles enterram o lixo orgânico (cascas, sementes e outras partes não comestíveis dos alimentos), já que moram no meio da natureza. Se você não tem essa possibilidade, observe dobrado para assim evitar o desperdício de alimento!