Frango ao molho, almôndegas, espetinhos deliciosos e o famoso feijão tropeiro. São com receitas com gostinho de comida de casa que a cozinheira Luciene Caetano, a Nena, faz sucesso pelas ruas da cidade de Goiânia. Mas o que ela coloca de tão especial nessas quentinhas? Muito amor, é claro! “A comida que vendo no ‘Restaurante e Jantinha da Nena’ é bem caseira. Dizem que é tipo comida de mãe. Também é a mesma comida que eu fazia para os meus filhos, só que com mais amor”, explica a dona do restaurante.
A cozinha afetiva, a aptidão para os negócios e a estrada que a Luciene percorreu até conquistar o coração de seus clientes dão o tom para mais uma história que o projeto Cozinheira & Brasileira – parceria entre a 99Food e o Instituto Brasil a Gosto – nos ajuda a contar. Então, prepare o apetite e devore sem moderação!
De locutora a cozinheira: a história do Restaurante e Jantinha da Nena
A deliciosa comida do Restaurante e Jantinha da Nena
Por incrível que pareça, a paixão pela cozinha nem sempre esteve presente na vida de Luciene. Ela trabalhou por 10 anos como locutora em uma rádio local de Padre Bernardo (GO), onde morava. Depois, entregou cestas e mensagens para aniversariantes. Reconhecida como cozinheira de mão cheia, chegou até a se aventurar como candidata a vereadora nas eleições municipais de 2005.
“Como eu já vinha fazendo trabalhos para políticos e me embrenhando por esse mundo, em 2005 resolvi me candidatar a vereadora da cidade de Padre Bernardo. Entrei para ganhar mesmo, não tinha dúvidas. Um ano antes, em 2004fui eleita a melhor locutora da minha cidade. Eu já era muito querida, muito conhecida, não tinha como não levar. Eu queria trabalhar pela cidade, pois foi o lugar onde cresci. Conheci todos os prefeitos, de um jeito ou de outro sempre estava no meio da política. Unimos forças, o candidato que eu apoiava na época ganhou, mas eu não.”
O que parecia uma decepção, foi o impulso para a vida de Luciene tomar outros caminhos. Depois de desistir da carreira como comunicadora e política, foi para Brasília e, durante alguns anos, trabalhou também como cobradora de ônibus e telefonista. Foi essa garra que ajudou Luciene, mãe solo, a cuidar dos dois filhos e se mudar para Goiânia, na tentativa de uma vida mais confortável. “Resolvi buscá-los, mas era difícil trabalhar e cuidar deles em Brasília. Minha irmã já trabalhava em Goiânia, conseguiu uma bolsa na escolinha de futebol para o meu filho e fomos todos pra lá.”
Na capital goiana, Nena começou a trabalhar como operadora de telemarketing em uma empresa de telefonia. “Eu já tinha a comunicação na minha veia, foi fácil. Só que a minha carga horária estava chocando com o horário de escola dos meus filhos. Aí, lá dentro mesmo, comecei a procurar outra coisa pra fazer. -”, conta Luciene.
Tudo mudou quando o filho mais velho fez 18 anos, conseguiu um trabalho como menor aprendiz em uma empresa de cozinha industrial e entrou para a faculdade de Administração. Pouco tempo depois, ao acompanhar o rapaz para trancar a matrícula, ela se encantou com o ambiente acadêmico e decidiu estudar para se tornar gestora de Recursos Humanos. Nesse momento, a gastronomia entrou na vida e no coração de Nena por completo. “Dentro da faculdade, fiz um projeto de uma lanchonete que, depois, com algumas alterações, lá na frente virou o ‘Jantinha da Nena’ (que é como todo mundo me conhece).”
O destino estava mesmo disposto a colaborar para que a cozinha estivesse presente de uma vez nessa família. Depois de ser enviado para fazer cursos em São Paulo, o filho da cozinheira voltou empolgado com a ideia de montar a sua própria padaria, e Luciene, claro, embarcou na ideia. Pegou a rescisão de uma demissão recente e começou a investir no próprio negócio.
“Ele montou o negócio e eu fui ajudar. Acabava fazendo de tudo um pouco, inclusive comida para os funcionários. Foi aí que o pessoal dos estabelecimentos vizinhos começou a sentir cheiro de comida e a perguntar. Meu filho, então, ofereceu as minhas marmitas nas redondezas e lojas próximas”, conta Nena, sobre o começo do seu projeto de muito sucesso.
As já famosas quentinhas da Nena estavam fazendo tanto sucesso, que havia chegado a hora de escolher um espaço para atender aos diversos clientes, que iam em busca de sentir o gostinho delicioso do tempero de comida afetiva e caseira. Depois de muito planejamento, em 2018, Luciene abriu oficialmente o seu restaurante.
Sem que ninguém esperasse, as coisas se intensificaram. “Aí veio a pandemia e arrisco dizer que foi a época em que mais trabalhei. Baixei as minhas portas, mas não parei de trabalhar. Continuava mandando o meu cardápio pros clientes, eles avisavam a hora que iam e eu entregava na porta com máscara, cumprindo todos os protocolos”.
Mas não é só no preparo dos pratos que Nena coloca todo o seu cuidado e atenção. Para conquistar os seus clientes, ela também se dedica de corpo e alma. Sempre que recebe um novo pedido, anota também nome e telefone, para, futuramente, enviar o cardápio e as novidades do restaurante. “Busco meu cliente, quando passam muitos dias que ele não aparece, eu mando mensagem, pergunto se tá tudo bem”.
Dona de seu próprio negócio, Nena pensa no futuro
“Se me perguntam quais os meus planos para o futuro, eu penso em alugar um lugar maior. Porque, hoje, eu mesmo faço a marmita para o cliente. Então meu objetivo é arranjar um lugar maior para fazer comida, montar uma estufa e deixar que cada cliente se sirva sozinho, em esquema de self-service”. Hoje, o restaurante entrega pelo sistema de delivery para bairros próximos, além de usar os serviços da 99Food para ampliar o alcance dos pedidos.
No preparo das comidas, o tempero principal é o amor de Luciene
No início do negócio, era a própria Luciene quem fazia tudo, agora ela já conta com um serviço terceirizado para o preparo dos famosos espetinhos. No menu oferecido, é possível encontrar, além dos espetinhos diversos (coração, asinha, de frango, carne e contrafilé), acompanhamentos como vinagrete, mandioca, feijão tropeiro e arroz. Tudo é servido sempre no período da noite.
“Como conheço bem os meus clientes, vou variando meu cardápio. Sou muito atenciosa com eles também, e eles sentem. Eles gostam tanto da minha comida que, às vezes, chegam lá e me perguntam, "Nena, me arranja um feijão com arroz e ovo mesmo". E eu faço”, conta ela, dando para a gente uma provinha de como o carinho é mesmo o segredo do seu sucesso.
E para quem precisa de um incentivo para, assim como Nena, encontrar o seu caminho, um recado: “Eu achava que eu ia ser locutora a minha vida inteira. Mas quando tive necessidade de mudar, mudei. Não tive medo, sempre fui guerreira. Na época, perder foi uma grande decepção, mas tem males que vêm pra bem. Aconteceu daquela forma naquela época, mas hoje eu sou muito mais feliz. E faria tudo de novo. A minha certeza é que eu nasci pra cozinha. E o que almejo é melhorar o que eu já faço”, conta.
Ficou curiosa (e com fome) só de ler? Então baixe a 99Food e fique de olho nas delícias que vão aparecer por lá!